O mês de novembro é amplamente conhecido por ser dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, com a campanha Novembro Azul. No entanto, há outro laço oncológico desse movimento importante que muitas vezes passa despercebido, o “Novembro Azul Claro”, que foca no câncer gástrico. Este câncer, infelizmente, frequentemente chega a estágios avançados antes de ser diagnosticado, o que torna a conscientização fundamental. Conversamos com o renomado cirurgião oncológico do IOP, Dr. Cristiano Ontivero, para entender melhor a complexidade desse câncer e como a informação pode fazer a diferença.
Dr. Cristiano Ontivero destacou vários fatores de risco para o câncer gástrico, que incluem a dieta, o tabagismo, o consumo de álcool e fatores hereditários. Uma dieta rica em alimentos com excesso de sal, alimentos defumados, enlatados e embutidos pode contribuir para o desenvolvimento do câncer gástrico, devido à presença de nitrosaminas, produzidas a partir de nitritos e aminas. Além disso, a obesidade é um fator de risco comum em muitos tipos de tumores sólidos. O tipo sanguíneo A e a presença de gastrite, particularmente causada pela bactéria H.pylori, também estão relacionados a um maior risco de câncer gástrico.
Os sintomas do câncer gástrico podem variar, mas em casos mais avançados, incluem emagrecimento não intencional, dor na região epigástrica (a parte superior do abdômen), sensação de saciedade precoce e sangramento nas fezes, geralmente manifestado como melena, que são fezes escuras e com odor forte devido ao sangramento digestivo.
Pensando em tratamento do câncer gástrico, isso dependerá do estágio da doença. “Para tumores iniciais, o tratamento pode envolver raspagem da mucosa do estômago por endoscopia. Em casos mais avançados, a abordagem pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, dependendo do estágio e extensão da doença. Infelizmente, para casos disseminados, o tratamento se concentra em aliviar os sintomas com quimioterapia paliativa e, em alguns casos, radioterapia”, explica o Dr. Cristiano.
Um dos pontos mais importantes sempre é a prevenção, e esta desempenha um papel fundamental na luta contra o câncer gástrico. A dieta desempenha um papel crucial, com a redução do consumo de alimentos ricos em sal, defumados, enlatados e embutidos, que contêm substâncias prejudiciais como as nitrosaminas. Em contrapartida, uma dieta equilibrada, rica em vegetais e com consumo moderado de carnes e gorduras, pode ajudar a reduzir o risco. Além disso, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool também é essencial na prevenção.
Importante dizer ainda que a região Sul do Brasil tem uma das maiores incidências de câncer gástrico, em parte devido aos hábitos de vida que aumentam o risco, como mencionados anteriormente. Além disso, a população na região Sul tende a envelhecer mais do que em outras áreas do país, o que, por si só, é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer gástrico. “Diferentemente de alguns outros tipos de câncer, como o de mama e o colorretal, o câncer gástrico não possui um programa de rastreamento amplamente recomendado para a população em geral. A endoscopia digestiva alta é o principal exame de diagnóstico, mas a recomendação de realizá-la depende da idade, história médica e sintomas do paciente, bem como da presença de casos de câncer gástrico na família”, finaliza o especialista.
Em resumo, o Novembro Azul Claro é mais uma campanha oncológica que cria uma oportunidade valiosa para aumentar a conscientização sobre o tema e assim destacar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A adoção de hábitos de vida saudáveis, incluindo uma dieta equilibrada, a abstenção de tabagismo e consumo moderado de álcool, são passos significativos na redução do risco. Além disso, a compreensão dos fatores de risco e dos sinais de alerta pode salvar vidas, tornando a campanha Novembro Azul Claro uma ferramenta essencial na luta contra esse câncer silencioso. Consultar um profissional de saúde para avaliação de riscos pessoais e orientação é sempre a melhor estratégia na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer gástrico.
Sobre o IOP – Instituto de Oncologia do Paraná:
Com quatro sedes estrategicamente localizadas em Curitiba (PR), o IOP (Instituto de Oncologia do Paraná) comemora seus 28 anos de fundação. Hoje a empresa faz parte de uma holding, o Grupo Med4U. Além do IOP, estão no guarda-chuva o Mantis Diagnósticos Avançados, o Valencis Centro de Paliativismo, o Centro de Pesquisas Clínicas IOP e o Oncoville, centro de radioterapia.
Destaques para a parceria com o Hospital Marcelino Champagnat, desde dezembro de 2021, assim como a parceria com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Vale ressaltar que o IOP é a única clínica do sul do Brasil a fazer parte da Rede Einstein de Oncologia e Hematologia, para discussão de casos, troca de conhecimentos e encaminhamento de casos raros e mais complexos quando necessário.
Com 87 médicos no corpo clínico e 184 colaboradores, o IOP oferece os mais avançados tratamentos no câncer, conjugando Medicina de qualidade, tecnologia e humanização. Conta ainda com uma equipe multidisciplinar, incluindo Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Farmácia para o enfrentamento positivo da doença. Os tratamentos de ponta ainda são beneficiados com diferenciais como cromoterapia, aromaterapia e musicoterapia. Para agendar sua consulta, acesse nosso site https://iop.com.br/
Mais informações: https://iop.com.br/
Mateus Leme
Rua Mateus Leme, 2631 B
(41) 3207-9797
Batel
Rua Saldanha Marinho, 1814
(41) 3207-9798
Oncoville
Marginal Rodovia BR-277, 1437
(41) 3099-5800
Hospital Marcelino Champagnat
Av. Presidente Affonso Camargo, 1399
(41) 3087-7600
Leia outras notícias no HojePR.
