Voltamos…apenas uma semana de férias em família para recarregar as baterias e organizar o corpo e a alma depois das festas de fim de ano. Aliás, existe um movimento mundial que se chama “janeiro seco”, que é quando as pessoas passam os 30 primeiros dias do ano sem beber uma única gota de álcool para compensar os excessos do Natal e Ano Novo. Dizem que essa prática trás uma série de benefícios como melhorar a pressão arterial, os índices glicêmicos, etc.
Mas como nem eu e nem você cometemos excessos, entrar em janeiro em busca de boas alternativas vinícolas para o verão é tudo de bom. Não é um mês fácil, já que o calor aumenta e junto com ele a sede, principalmente nos eventos ao ar livre. Nunca deixe de tomar água e se hidratar muito. O calor rouba a água do nosso corpo e o álcool também, por isso deixe sempre uma jarra de água fresca próxima do seu alcance.
No final do ano, durante o jantar de Natal, tive uma grata surpresa ao experimentar um vinho branco português que eu não conhecia mas que já está no mercado brasileiro: Rego, produzido pela Adega Cooperativa Figueira do Castelo Rodrigo. Uma cooperativa fundada em 1956 que possui hoje um total de 800 associados e produz impressionantes 8,5 milhões de litros de vinho por ano. Ela fica na região da Beira Interior, no vale entre os rios Côa e Águeda, ambos desembocando no famoso Rio Douro.
Cooperativa com 800 produtores
O vinho era um monocasta da uva Síria, outra novidade para o meu paladar. Uma uva que entrega um vinho bastante frutado e aromático, já que precisa de tempo seco e calor para proporcionar o seu melhor. É uma uva nativa do território português que pode ser achada do Alentejo até Trás-dos-Montes, sempre vizinha de Espanha. É uma ótima pedida para o verão: caiu muito bem na noite de Natal, que estava bastante quente.
Sala de provas da Adega Castelo Rodrigo
Outro vinho branco português que me surpreendeu neste começo do ano quente e ensolarado foi o Herdade do Peso Vinha do Monte Branco. O produtor é a Sogrape, talvez o maior de toda Portugal. Esse vinho vem de uma das minhas zonas vinícolas preferidas, o Alentejo. E o melhor é que ele é de Vidigueira, uma região onde existem excelentes produtores, ótimos restaurantes e muitas pessoas com vínculos profundos com o Brasil. É um vinho com passagem por barris de carvalho e por isso sua cor é um amarelo-palha, tem um aroma de pêssego e dependendo da temperatura em que é servido, pode lembrar também um pouco de maracujá. Na boca é um veludo, não arranha, é ótimo para refrescar todos as células do corpo num dia de calor.
O Alentejo é um paraíso
Dicas da semana:
1 – vinho branco Herdade do Peso Vinha do Monte Branco. Safra 2021. Blend das uvas Roupeiro, Antão Vaz e Arinto. 3 meses em barricas de carvalho. 13% de teor alcoólico. No site da Sonoma por apenas R$ 56,80;
2 – vinho branco Rego. Safra 2020. 100% monocasta Siria. 13% de teor alcoólico. Em sites especializados por R$ 115,00.
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