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LITERATURA

Historiador relança livro sobre o Palácio Iguaçu, que completa 70 anos em 2024

05/03/2024
palácio

Símbolo da arquitetura modernista e construído para celebrar o centenário da emancipação política do Paraná, o Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado, completa 70 anos de inauguração em 2024. Para marcar a data, o historiador Jair Elias dos Santos Júnior lançou nesta segunda-feira (4) a segunda edição do livro “Palácio do Iguaçu: Coragem de Realizar de Bento Munhoz da Rocha Netto”. O evento foi no Salão de Atos do Palácio e contou com a presença de familiares de Bento Munhoz.

 

A obra foi relançada 16 anos depois da primeira edição, com 200 páginas a mais, novas histórias e fotografias. Com tiragem de 200 exemplares, a publicação contou com apoio da Michelangelo Mármores do Brasil, cujas pedras de mármore foram utilizadas nos revestimentos e ornamentos do edifício.

 

Resultado de um trabalho de 12 anos de pesquisas, a obra de 550 páginas faz um passeio pela história do Palácio do Iguaçu. A edição de capa dura apresenta imagens e textos sobre a construção que marcou Curitiba como uma cidade progressista. A primeira edição, lançada em 2008, vendeu 1.500 exemplares.

 

“Fizemos uma versão expandida com novos capítulos, destacando, por exemplo, a construção do palácio, a inauguração, a passagem de personalidades ilustres do mundo político e do mundo cultural”, explica o autor. “Também tem um capítulo especial falando sobre os fatos pitorescos que aconteceram no prédio”.

 

“O Palácio foi palco de eventos históricos e momentos de apreensão. Além de ser um lugar de história, é também um espaço que guarda grandes obras de arte dos principais nomes da pintura paranaense, como Poty Lazzarotto, Arthur Nísio e Theodoro de Bona”, conta Jair. “Nesta nova edição, o leitor poderá viajar no tempo com mais de 500 fotografias e documentos históricos que retratam os grandes acontecimentos e as personalidades ilustres que passaram pelo prédio”.

 

O complexo do Centro Cívico, onde está localizado o Palácio Iguaçu e outros edifícios públicos, foi o primeiro do tipo no Brasil a ser erguido em estilo modernista, sendo construído quase uma década antes de Brasília. Idealizado pelo então governador Bento Munhoz da Rocha Netto para celebrar o centenário da emancipação política do Paraná, o local conta hoje com as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Tribunal do Júri, Tribunal de Contas, Ministério Público do Paraná, secretarias de Estado e o Museu Oscar Niemeyer.

 

“O Centro Cívico foi um sonho do Bento Munhoz da Rocha Netto. Ele dizia que deveria ser feito, para o Paraná um projeto de grande escala, para que as obras não ficassem caducas com o passar dos anos”, destaca o autor. “Nós percebemos que até hoje o Palácio Iguaçu ainda tem condições de manter a estrutura da chefia do Poder Executivo”.

 

Sobre o autor

Jair Elias dos Santos Júnior nasceu em Campo Mourão em 1974. Formado em História pela Faculdade Alvorada de Maringá, é autor de 19 livros que exploram a história do Paraná. Entre 2015 e 2016, foi chefe da Divisão de Cultura e Arte Popular da Prefeitura de Peabiru. É membro da Academia Mourãoense de Letras e ocupa, pela terceira vez, a presidência da instituição. Ele é também coordenador do Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira.

 

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