As armadilhas não mentem: o mosquito transmissor da dengue está ganhando terreno em Curitiba. O alerta é da Prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria Municipal da Saúde. Na última semana, cinco novas amostras de mosquitos Aedes aegypti testaram positivo para o vírus DENV 1, que causa a doença.
Desde o início da instalação das chamadas mosquitraps (armadilhas para mosquitos), foram realizados 12 ciclos de vistoria, nos quais houve a coleta de 3.741 amostras de Aedes aegypti. Até agora, a análise apontou 12 amostras contaminadas com o vírus DENV 1 nos bairros Cajuru, Uberaba, Sítio Cercado, Bairro Alto, Campo de Santana e Tatuquara.
“Apesar dos nossos esforços para conter o avanço do mosquito, as amostras positivas indicam que ele está se espalhando. A população de todas as regiões de Curitiba precisa redobrar os cuidados”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orienta à população que reforce as medidas de controle do Aedes aegypti com uma vistoria semanal nos quintais e espaços abertos para remover todo e qualquer local com água acumulada.
A SMS instalou 710 armadilhas nos bairros de maior risco, conforme mapeamento prévio. As vistorias são realizadas a cada semana, sob a supervisão do Programa Municipal de Controle do Aedes.
A identificação de mosquitos contaminados permite realizar ações de enfrentamento com maior agilidade para prevenir e controlar a transmissão da doença em cada região.
Monitoramento
O objetivo do programa é monitorar de forma mais qualificada e eficiente a presença do Aedes aegypti no território do município, bem como identificar a presença de mosquitos contaminados com os vírus das arboviroses (doenças transmitidas pelo mosquito).
Em dezembro de 2023, antes da explosão da dengue no país, a SMS iniciou o monitoramento com o uso de armadilhas do tipo mosquitrap e a realização de exame PCR nas amostras coletadas.
“O mosquito utiliza qualquer quantidade de água parada para depositar os ovos, ou seja, de uma tampinha de refrigerante, de um copo descartável no chão a um tambor aberto com água da chuva acumulada”, lembra a coordenadora do Programa Municipal de Controle do Aedes, Tatiana Faraco.
Ou seja: é necessário procurar e remover a água parada em locais como ralo e vaso sanitário de pouco uso, calhas entupidas, caixa d’água sem tampa ou com o “ladrão” aberto.
O mesmo cuidado vale para o pote de água dos animais de estimação que não são lavados regularmente, restos de construção civil como telha e cerâmicas de banheiro acumulados a céu aberto.
A lista de atenção inclui pneus, entulhos, objetos sem utilidade, prato de vaso de plantas, piscinas sem tratamento, garrafas guardadas no tempo, reservatórios de água sem tampa, entre outros.
Mosquitrap
As mosquitraps são recipientes com água e atrativos sintéticos para as fêmeas grávidas dos insetos, além de um adesivo para a captura delas. Os exemplares capturados são enviados para análise de possível contaminação.
As armadilhas foram instaladas em casas das regiões com maior incidência do mosquito Aedes aegypti, segundo mapas atualizados constantemente pela SMS, que também usa drones nas vistorias e faz mutirões de limpeza com a ajuda dos moradores.
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