O PROVOPAR Estadual vai fazer um curso para 50 gestantes carentes em Itaperuçu nesta sexta-feira (19). O curso será ministrado pela presidente do Provopar Estadual, Patricia Lima, e pela conselheira financeira do Provopar Maria de Nazaré Nery, que atua na área de aleitamento materno no HC. Será numa chácara, na Rua Jonas Vaz de Cristo, sem número, bairro Campina do Cabral, em Itaperuçu, a partir das 10h00. O curso faz parte do Programa de Assistência Integral à Gestante do PROVOPAR Estadual.
O programa foi criado com o propósito de oferecer suporte e orientação às gestantes, com foco no bem-estar e na saúde tanto da mulher grávida quanto do bebê. Por meio de uma abordagem multidisciplinar, o programa visa acompanhar e auxiliar as gestantes em todas as etapas da gravidez, desde a descoberta da gestação até os primeiros meses após o parto.
“No contexto da gestação, temos observado também, que a mulher vem enfrentando uma série de desafios e obstáculos que vão além das questões físicas e biológicas do parto e pós-parto”, revela a presidente do PROVOPAR Estadual, Patricia Lima. Dentre esses desafios, a questão da violência doméstica vem sendo tratada de forma sensível e acolhedora, oferecendo apoio e orientação para que as gestantes possam reconhecer e enfrentar essa situação de violência, colocando em risco não apenas a saúde física e emocional da gestante, mas também a do bebê que está por vir. A violência doméstica durante a gestação pode se manifestar de diversas formas, como agressões físicas, psicológicas, verbais, emocionais e até mesmo sexuais, gerando um ambiente de medo, insegurança e vulnerabilidade para a gestante. “É fundamental que as gestantes se sintam seguras para compartilhar suas experiências e buscar ajuda, sem julgamentos ou censuras.
Ainda abordamos a violência obstétrica, que é uma forma de violência de gênero que se manifesta durante o processo de assistência ao parto e nascimento, podendo causar traumas emocionais e físicos às gestantes”, explica Patricia Lima.
A violência obstétrica se manifesta de diversas formas, como a falta de informação e consentimento da mulher sobre procedimentos médicos, a imposição de práticas invasivas sem justificativa, a negligência com relação às dores e necessidades da parturiente, e a desrespeito à autonomia e às escolhas da gestante. Essas práticas podem impactar negativamente a experiência da gestante, gerando medo, ansiedade e sentimentos de vulnerabilidade.
As mulheres ainda enfrentam outras dificuldades durante a gestação, como a falta de acesso a um atendimento de qualidade, a discriminação por questões de gênero, raça ou classe social, a sobrecarga de responsabilidades familiares e o enfrentamento de tabus e estigmas relacionados à maternidade. Esses desafios podem comprometer a saúde física e emocional das gestantes, afetando não apenas o processo gestacional, mas também o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da família como um todo.
Diante deste cenário, o Programa de Assistência Integral à Gestante do PROVOPAR Estadual incorpora ações e estratégias para prevenir não só a violência doméstica, mas a obstétrica, promovendo o respeito aos direitos das gestantes, oferecendo um acolhimento humanizado e sensível às necessidades das mulheres.
Com a missão de promover a saúde materna e infantil, o programa prioriza a oferta de informações sobre cuidados pré-natais, orientações nutricionais adequadas, incentivo a práticas saudáveis durante a gestação, apoio emocional e preparação para a chegada do bebê. Além disso, busca-se estabelecer uma rede de apoio comunitária, proporcionando um ambiente acolhedor e solidário para as gestantes compartilharem experiências, dúvidas e receios.
Por meio de parcerias com organizações locais e voluntários engajados, o PROVOPAR Estadual se compromete a oferecer um suporte completo e personalizado às gestantes, promovendo a autonomia, o empoderamento e o cuidado integral, sem deixar nenhum aspecto relevante da gestação e do pós-parto de lado. Este programa visa contribuir para uma experiência positiva e saudável para as gestantes e seus bebês, fortalecendo os laços familiares e comunitários.
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