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Entendendo a ansiedade

25/04/2024
ansiedade

A ansiedade é uma emoção conhecida por todos nós, mas sua complexidade vai além do simples nervosismo ocasional. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a ansiedade é caracterizada por preocupação excessiva, medo persistente ou antecipação de um evento futuro. Esses sentimentos podem ser acompanhados por sintomas físicos, como tensão muscular, sudorese e batimentos cardíacos acelerados.

 

Experimentamos a ansiedade em diversas fases da vida. Crianças podem se sentir ansiosas diante da separação dos pais, exposição a conteúdo inadequado online, problemas familiares, como brigas e dificuldades financeiras, mudanças de vida significativas, exposição à violência e eventos traumáticos. Adultos devem estar atentos aos sinais de ansiedade nas crianças e fornecer apoio emocional e estratégias para ajudá-las a enfrentar esses desafios de maneira saudável. Já os adolescentes enfrentam uma série de situações que podem desencadear ansiedade. Pressões acadêmicas, combinadas com o estresse das mídias sociais e a constante comparação com os outros, contribuem para um ambiente emocionalmente desafiador. Além das preocupações sobre o futuro, incluindo decisões sobre carreira e educação, com demandas que envolvem relacionamentos interpessoais e auto imagem. Quando adultos, enfrentam outras fontes de ansiedade, como pressões financeiras relacionadas a emprego e dívidas, estresse no trabalho devido a prazos apertados e equilíbrio entre vida profissional e pessoal, preocupações com saúde física e mental, problemas de relacionamento e pressões sociais relacionadas ao sucesso e imagem corporal. A sobrecarga de informações e eventos globais e crises, também contribuem para a ansiedade dos adultos.

 

Embora a ansiedade seja uma resposta natural do corpo a situações estressantes, ela pode se tornar problemática quando é intensa e persistente, interferindo nas atividades diárias e na qualidade de vida. É importante reconhecer que a ansiedade pode se manifestar através de ataques de pânico repentinos até preocupações crônicas e pensamentos catastróficos, sempre em termos negativos. No entanto, nem toda ansiedade é patológica. Algum nível de ansiedade é adaptativo e até mesmo benéfico, nos motivando a enfrentar os desafios diários e a buscar soluções para problemas. O ponto surge quando a ansiedade se torna desproporcional à situação ou quando não desaparece mesmo após o estímulo estressor ter passado.

 

Para reduzir a ansiedade e colaborar com o nosso funcionamento físico e psíquico, é indicado a prática de exercícios físicos regularmente, que podem ser caminhadas de 30 minutos por dia, por exemplo, para promover a liberação de endorfinas e melhorar o humor. Algumas pessoas adotam a meditação guiada para diminuir o estresse, com sessões de 10 minutos, ou técnicas de respiração profunda, como a respiração diafragmática por cinco minutos, de modo a proporcionar alívio imediato. Para estimular a criatividade e distrair a mente da ansiedade, reservar tempo regularmente para se envolver em atividades prazerosas, como o ato de cozinhar, pode proporcionar momentos de relaxamento e satisfação pessoal. A conexão social também é essencial, portanto, estabelecer encontros regulares com amigos ou familiares e participar de grupos de apoio pode fornecer um valioso suporte emocional. Finalmente, buscar terapia ou aconselhamento pode ser a decisão essencial para desenvolver habilidades de enfrentamento e compreender as causas subjacentes da ansiedade. É importante adaptar essas atividades às necessidades individuais e experimentar diferentes abordagens para encontrar o que funciona melhor em cada situação.

 

Reconhecer os sintomas, entender suas causas e aprender estratégias de enfrentamento são passos importantes para lidar com a ansiedade de forma eficaz. A ansiedade não define uma pessoa. É possível viver uma vida plena e significativa, mesmo com desafios emocionais. Ao falarmos sobre ansiedade, devemos adotar uma abordagem compassiva e informada, reconhecendo sua complexidade e oferecendo apoio àqueles que enfrentam essa batalha diariamente.

 

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1 comentário em “Entendendo a ansiedade”

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