Ah a maternidade! A linda decisão de ser mãe!
E ser mãe é a maior, é a melhor e a mais complexa experiência que pode ser vivida de um amor incondicional, que implica em responsabilidades e desafios, por isso tem que “querer” sem mãe.
E as mães que trabalham? São aquelas mães que exercem uma atividade profissional remunerada, além de cuidar de suas famílias.
Como é difícil encontrar o equilíbrio entre a escolha profissional da mãe e suas responsabilidades familiares.
Na verdade, falando em dificuldades, a mulher que trabalha fora já vive o primeiro grande desafio, que é o de conseguir uma vaga de trabalho, o segundo desafio é ao decidir ser mãe.
Como contar na empresa que você está grávida?
Eu já vivi isso e vou dizer que realmente é muito difícil. Na época, início dos anos 2000, eu estava em uma grande e respeitada multinacional e eu tive medo.
Confesso que na época, em minha avaliação anual, ouvi que a minha decisão de engravidar iria postergar minha promoção…, mas tudo bem, né? A decisão já estava na minha barriga, o negócio era erguer a cabeça e “provar minha capacidade” na volta.
Para “minha sorte” quando voltei da licença maternidade, minha posição ainda estava me esperando.
Olhemos para 2024. Eu fico admirada quando volte e meia eu me deparo com alguns relatos de dor no LinkedIn, referente a mães que perderam posições, funções e até mesmo foram desligadas após a volta da licença maternidade.
Mas como assim? Hoje ainda temos empresas que não tem protocolos para atender às mulheres em idade fértil?
Falar de discriminação e preconceito é algo tão delicado, mesmo para os dias de hoje.
A mulher que opta pela maternidade deve ser respeitada e ser acolhida e a maternidade no mundo empresarial deve garantir que as mães tenham igualdade de oportunidades, apoio e recursos necessários para equilibrar suas responsabilidades familiares e profissionais. Isso não apenas beneficia as mães, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais inclusivo, diversificado e produtivo.
Algumas empresas já tem políticas de apoio às mães que trabalham fora e já oferecem além da licença maternidade, licença parental, programas de apoio à conciliação entre trabalho e vida familiar, espaço para amamentação ou para ordenhar o leite materno, dentre outras iniciativas que promovam a igualdade de oportunidades e o bem-estar das mães.
É importante que as empresas criem uma cultura de inclusão e respeito no ambiente de trabalho, principalmente na volta da licença maternidade. Isso quer dizer promover a conscientização sobre questões relacionadas à maternidade, combater preconceitos e estereótipos do tipo que depois que a mulher vira mãe não é mais a mesma profissional…
Porém eu acredito que o apoio não deve ser cobrado só das empresas! A mulher mãe também merece apoio e suporte da família. Normalmente quem assume todas as responsabilidades é a mulher que muitas vezes é obrigada a faltar ao trabalho para cuidar de algum problema com a criança.
Ser mãe é fazer sacrifícios e malabarismos para ter tempo, é se desprender da beleza e dos cuidados consigo mesma, é o deixar de viver uma vida social para se dedicar ao filho e ao seu sustento. é orientar, educar, dar exemplos, ensinar princípios, valores para criar uma pessoa do bem.
Feliz dia das mães.
Leia outras colunas da Karla Küster aqui.