Depois de muita confusão, com direito a greve dos professores da rede estadual, passeata e invasão à Assembleia, o projeto que institui o Programa Parceiro da Escola no Paraná foi aprovado, em primeira votação, pelos deputados estaduais. Em uma sessão híbrida, com uma parte dos parlamentares presentes no plenário da Casa e outra em modelo remoto, 39 deputados votaram a favor do projeto, enquanto 12 votaram contra. Nesta terça-feira (4) ocorre a segunda votação, depois de nova avaliação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para a apreciação de emendas dos deputados.
O projeto de lei 345/2024, do Poder Executivo, cria o Programa Parceiro da Escola. A proposta trata da gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante parceria com empresas. A sessão estava prevista para começar às 14h30 no plenário da Assembleia. Pouco antes, os manifestantes já estavam nas galerias quando outra parte da multidão forçou a entrada ao prédio da Alep, rompendo o portão de acesso a carros da Assembleia e, em seguida, invadindo o Prédio do Plenário.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSD) anunciou às 15h06 a suspensão temporária da sessão. “Informo aos senhores deputados, que em função da invasão da Assembleia, estou suspendendo a sessão temporariamente”, declarou em Plenário.
Logo em seguida, a Mesa Executiva se reuniu com os parlamentares e ficou decidido em conjunto que a votação ocorrerá em sessões remotas e os deputados poderão participar das votações em suas residências.
O governador Ratinho Junior disse, pela manhã, que a greve dos professores era política. “A greve é ilegal e a Justiça já decretou isso! A adesão é baixíssima, e a maioria dos alunos estão tendo aula normalmente, o que demonstra a maturidade dos nossos professores e diretores em entender que os sindicalistas fizeram um monte de fake news sobre o projeto que está sendo votado”, afirmou o governador.
Já a direção da App-Sindicato reclamou do trâmite apressado do projeto. “Ninguém viu esse projeto antes de chegar à Assembleia. Ele chega aqui da forma mais genérica possível, deixando todo o poder aos nossos governantes sobre o futuro da escola pública. A gente pedia que o projeto fosse retirado de pauta e a revolta culminou na entrada dos manifestantes, a gente lamenta que tenha chegado a esse ponto”.
Veja como os deputados votaram
Sim (a favor do Parceiro da Escola)
- Adão Litro
- Alexandre Amaro
- Alexandre Curi
- Alisson Wandsheer
- Anibelli Neto
- Artagão Junior
- Batatinha
- Bazana
- Cantora Mara Lima
- Cloara
- Cobra Repórter
- Cristina Silvestri
- Delegado Jacovós
- Denian Couto
- Do Carmo
- Douglas Fabrício
- Flávia Francisquini
- Gilson de Souza
- Gugu Bueno
- Hussein Bakri
- Luiz Corte
- Luiz Claudio Romanelli
- Luiz Fernando Guerra
- Marcel Micheletto
- Márcia Huçulak
- Márcio Pacheco
- Maria Victória
- Marli Paulino
- Mateus Vermelho
- Moacir Fadel
- Nelson Justus
- Paulo Gomes
- Marcelo Rangel
- Ricardo Arruda
- Samuel Dantas
- Soldado Adriano José
- Tiago Amaral
- Tiago Buhrer
- Tito Barrichello
Não (contra o Parceiro da Escola)
- Ana Júlia (PT)
- Arilson Chiorato (PT)
- Doutor Antenor
- Evandro Araújo
- Goura (PDT)
- Luciana Rafagnin (PT)
- Mabel Canto (PSDB)
- Ney Leprevost (PSD)
- Professor Lemos (PT)
- Renato Freitas (PT)
- Requião Filho (PT)
- Tercílio Turini (PSD)
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