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A aromaterapia na vida moderna

02/09/2022

Por Dodô Oliveira

 

Respirar é a primeira coisa que fazemos ao nascer e a última quando morremos. Isto é claro, muito óbvio e certo. Não nos damos conta, porém, da importância deste ato: o respirar, ou melhor, o que respiramos. O olfato é o nosso sentido mais íntimo e o que está mais ligado ao cérebro. Desde os primórdios tem-se estudado os aromas e a importância deles torna-se cada dia mais presente em nossas vidas, seja no seu perfume preferido, no seu prato preferido ou nos seus cosméticos. Quando você pensa sobre a importância do respirar, você se depara com a importância dos aromas.

A aromaterapia sempre foi usada para a invocação de espíritos pelos indígenas, nas religiões de matriz africana e até mesmo pelo catolicismo. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já nos deparamos com um bom defumador. Atualmente, a aromaterapia já vem sendo, cada vez mais, admitida e estudada nos meios acadêmicos que exploram terapias naturalistas. Em 2018, o Ministério da Saúde incluiu sua prática no SUS (Sistema Único de Saúde) como parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

O cérebro humano é capaz de sentir até 10 mil cheiros diferentes. Hoje, um nariz bem treinado pode render um excelente salário, com generosas comissões. É o que a indústria cosmética está disposta a pagar por um bom perfumista. Dependendo do cheiro, várias áreas do cérebro podem ser ativadas. Algumas nos trarão tranquilidade, calma, serenidade. Outras nem tanto. Podem despertar angústia, saudade, tristeza. Os cheiros nos acompanham desde o nosso nascimento de forma explícita, como um bom perfume. Ou discreta, como a lembrança do doce feito por nossas mães e avós. Ou até mesmo de forma imperceptível por nós, mas não por nossas narinas afiadas. É o caso dos feromônios, que são exalados pelos animais e também por homens e mulheres. Quantas vezes sentimos o cheiro da pessoa amada, mesmo esta não estando por perto? Isto é nosso registro olfativo. O cheiro também dita a nossa atração por uma determinada pessoa.

A aromaterapia hoje é considerada uma ciência onde, através da introdução certa de ativos fragrantes, oriundos de óleos essenciais, extratos vegetais, resinas naturais ou sintéticas, podemos transformar um simples banho, ou uma simples refeição, em um tratamento para o corpo e a alma. Os aromas são divididos em várias classes. Há os do reino vegetal, mais utilizados para fins terapêuticos, as sintéticas, muito usadas na indústria cosmética e alimentícia, as do reino animal (civeta, castoreo, almíscar) que, por serem extraídas de uma forma que causa dor e desconforto aos animais, estão cada vez mais sendo substituídas. Nestas classes temos as cítricas, muito usadas em shampoos e loções que conferem frescor às fórmulas, mas que também relaxam, aliviam dores musculares e promovem o relaxamento durante o banho.

No reino das essências, a vanila é uma unanimidade. Já foi comprovado que é a essência mais parecida com o leite materno, por isto os produtos cosméticos com esta fragrância sempre nos remetem ao conforto e ao aconchego. Da mesma forma, os doces com baunilha, subproduto da vanila, tendem a agradar a todos.

Nos tempos conturbados e estressantes em que vivemos, podemos fazer dos cheiros nossos grandes aliados para nos ajudar no dia a dia. A escolha de um produto cheiroso, além de ser agradável, pode trazer alívio a alguns incômodos diários. A lavanda é ótima para relaxamento, o gerânio traz paz e combate a ansiedade. A bergamota e todos os cítricos são considerados os cheiros da alegria. Podemos usar estes aromas provenientes de cosméticos ou de óleos essenciais, usados na sua terapia capilar ou corporal e que, corretamente escolhidos, trazem os benefícios desejados.


Dodô Oliveira é cabelereira com mais de 30 anos de experiência, terapeuta capilar e Diretora de Criação da SMELL BOX, empresa Paranaense de Cosméticos Naturais Inovadores.

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