Não dá para negar que no mundo dos negócios, essa semana, só se fala em Twitter e Elon Musk. O homem mais rico do mundo adquiriu a rede social que não está nem no Top 5 das mais usadas no mundo, muito menos das mais rentáveis. O motivo? Diz que não se trata de dinheiro, e sim, da criação de uma “arena livre de discurso”.
Incríveis 44 bilhões de dólares irão fechar o acordo entre as partes nos próximos dias. O empresário irá pegar parte de sua fortuna e mais dois empréstimos para compor o montante.
Aí vem o questionamento: se o homem mais rico do mundo precisa de um empréstimo, quem sou eu na fila do pão? Pois é. Musk tem a maior parte de sua fortuna atrelada às ações da Tesla – que também já tem parte comprometida como garantia de outros empréstimos.
Mas a solução seria relativamente fácil, basta vender um tantinho do papel e pegar o dinheiro. Na-na-ni-na-não. Se efetivada essa venda, a chance de queda é alta. Primeiro, pela explosão de oferta de ações que iriam entrar no mercado – tudo que tem demais, fica barato – segundo pela credibilidade. Se o próprio dono está vendendo, vou
vender também. E aí vem o efeito manada.
O comportamento de Musk já vem sendo criticado (ou admirado) por muitos, não é de hoje. Movimentos em criptomoedas e na própria Tesla, sem uma explicação fundamentalista, deixam os pequenos investidores desnorteados com as intenções do empresário, que divulgou recentemente que não possui uma casa própria e dorme na casa dos amigos. Oi?
Fica no ar a dúvida se estamos falando realmente de um espaço democrático de escrita ou se vem por aí alguma grande ideia que fará do passarinho azul de lucros duvidosos se tornar uma grande galinha dos ovos de ouro.