Por André Lopes
Os dois primeiros dias pós eleições foram de muita movimentação no xadrez político do segundo turno. Bolsonaristas e Lulistas correram atrás de apoios entre vencedores e perdedores do primeiro turno.
Alguns analistas políticos avaliam que o ex-presidente Lula saiu na frente no arco de alianças que está montando. Outros consideram que Bolsonaro está melhor. Uma análise matemática, no entanto, parece ser o fiel da balança dessa questão. O jeito é comparar.
Lulistas comemoraram que o ex-presidente terá o apoio do PDT de Ciro Gomes e do Cidadania. Existe a esperança, ainda, de que Simone Tebet engrosse esse time.
Do lado bolsonarista, o contra-ataque veio com os apoios do governadores dos três maiores colégios eleitorais do país: Rodrigo Garcia (PSDB) de São Paulo, Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais, Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro.
Lula recebeu, também, apoio do ex-senador José Serra e dos deputados federais Alexandre Frota e Joice Hasselmann, todos do PSDB, além do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
Já Bolsonaro, vai contar com o ex-juiz Sergio Moro e com os governadores Ratinho Junior (PR), Mauro Mendes (MT), Ibaneis Rocha (DF), Gladson Cameli (AC) e Antônio Denarium (RR), todos reeleitos.
É agora que a comparação matemática entra em campo. As votações de Ciro Gomes e Simone Tebet chegaram a pouco mais de 8,5 milhões de votos. Enquanto isso, os governadores Rodrigo Garcia, Romeu Zema e Claudio Castro emprestam à campanha de Bolsonaro mais de 15 milhões de votos.
Os tucanos Serra, Frota e Hasselmann foram protagonistas de enormes vexames e sequer foram reeleitos. Pretensos cabos eleitorais de Lula, tiveram uma votação somada de pouco mais de 125 mil votos. Dessa forma, o apoio dos três chega a ser constrangedor. Vale lembrar que a manifestação dos tucanos derrotados foi gratuita, já que nem Lula nem sua assessoria pediu apoio dos três deputados. O caso de Armínio Fraga é ainda mais esquisito já que o economista sequer tem votos ou influência política.
Enquanto isso, Moro teve quase 2 milhões de voto e os cinco governadores, eleitos ou reeleitos, que declararam apoio a Bolsonaro somaram mais de 6,5 milhões de votos.
A matemática básica das urnas mostra, então, que os apoios de Lula representam 8,7 milhões de votos a mais, enquanto Bolsonaro recebe a influência de cabos eleitorais poderosos que, juntos, receberam aproximadamente 23,5 milhões de votos.
Com uma diferença de pouco mais de 6 milhões de votos entre Lula e Bolsonaro, no primeiro turno, a soma dos apoios do atual presidente parece favorecê-lo na disputa do segundo turno.
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