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01/05/2024



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A mudança do clima é fogo

 A mudança do clima é fogo

A Sibéria é conhecida pelo clima gélido. A região inóspita russa, que foi destino de muita gente contrária ao regime soviético, é sinônimo de frio. Nos últimos anos, contudo, o território entrou no noticiário em razão do calor e dos severos incêndios florestais que provoca. Em 2022, mais de 3 milhões de hectares de mata já foram incinerados. O verão no hemisfério norte também causou desastres semelhantes na Grécia, França, Itália, Espanha, Portugal e Estados Unidos, país que ainda sofre com as enchentes. O fogo nas florestas é resultado das ondas de calor excessivo causadas pelas mudanças climáticas, entendem os cientistas. Os recordes de temperatura “na parte de cima” do globo estão se sucedendo, com termômetros perto dos 50 graus celsius.

 

Prejuízo bilionário

Os prejuízos causados ao redor do mundo em razão das intempéries do clima são contabilizados em centenas de bilhões de dólares a cada ano. Para quem defende uma revolução global para proteção ambiental é um argumento forte para convencer empresas e governos a investir em iniciativas voltadas à sustentabilidade. O custo para implantação de ações responsáveis de preservação do ambiente é, ainda, a grande trava para a não adesão de corporações públicas e privadas ao movimento que tenta salvar a humanidade dela mesma.

 

Dinheiro verde

O mundo empresarial e o mercado financeiro tentam monetizar iniciativas favoráveis ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Seria uma forma de engajar mais corporações nesta agenda. Os mandamentos da cartilha ESG, fruto do Pacto Global da ONU, é uma das formas de tentar fazer com que empresas ganhem dinheiro com a preservação do ambiente.

 

Lucro e marketing

A agenda ESG ganhou força desde 2018, mas ainda não convenceu. Uma das críticas é de que os critérios são subjetivos demais, caros demais e difíceis de mensurar para que as ações corporativas sejam valoradas e gerem, efetivamente, lucros. A política ESG é de fato um ativo importante para o planeta. Há muitas empresas verdadeiramente preocupadas em aplicar seus conceitos, mas também há muitas iniciativas que não passam de peças de marketing.

 

Propaganda ambiental

Durante a COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), o site da Eco-Bot.Net mapeou 3.357 anúncios considerados como greenwashing. As publicações alcançaram 280 milhões de impressões e foram classificadas apenas como táticas para enganar os consumidores em relação às “credenciais verdes” de uma empresa. A patrulha foi realizada no Facebook, Instagram e Twitter e avaliou peças publicitárias que tentavam vincular uma marca ou produto a ações ambientais responsáveis. Apesar da dificuldade de mensurar o que é sério ou não, ou o que é verdadeiro ou não, este tipo de verificação de mídia pode se converter em um novo espaço de controle e de questionamentos sobre ações e práticas corporativas sustentáveis.

 

Energia limpa by EUA

Apesar dos pesares, os corretivos impostos ao homem pela natureza fazem a agenda sustentável seguir adiante, mesmo que a passos lentos. Avançou no congresso americano o pacote de ações proposto pelo presidente Joe Biden para o desenvolvimento de fontes de energia limpa. Vencidas as rusgas políticas entre republicanos e democratas, há um acordo para aprovar a proposta. O programa prevê US$ 369 bilhões em incentivos para viabilizar uma redução de até 40% nas emissões de carbono nos EUA até 2030.

 

China limpa a energia

Os investimentos globais em geração de energia renovável chegaram a US$ 226 bilhões no primeiro semestre de 2022. O levantamento do braço de pesquisas da Bloomberg. O relatório aponta que mais da metade dos projetos (US$ 120 bilhões) são para instalação de paineis solares de grande, média e pequena escala. A fonte eólica recebeu US$ 84 bilhões. O país que mais investe em fontes limpas neste ano é a China, com praticamente US$ 100 bilhões aplicados em parques eólicos e solares de grande porte.

 

Brasil insustentável

Nenhuma cidade brasileira alcançou o nível “muito alto” no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-Brasil). O levantamento avaliou 5.570 municípios e mostra que praticamente 70% dos centros urbanos do País estão classificados no patamar “baixo” ou “muito baixo”.

 

Primeiro do mundo

A ferramenta de medição do desenvolvimento sustentável nacional foi viabilizado por parcerias lideradas pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) e, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Brasil é o primeiro país a realizar um estudo que permite avaliar como os municípios estão posicionados em relação à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Retrato do Brasil

Segundo o IDSC-Brasil, as cem cidades mais bem ranqueadas em relação ao desenvolvimento sustentável estão localizadas nas regiões Sudeste e Sul do País. Na parte de baixo, as cem cidades piores avaliadas se concentram nas regiões Norte e Nordeste.

 

Foto: Anastasiya Romanova/Unspalsh

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