Depois de dizer que “Curitiba tem o germe do fascismo”, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para se explicar sobre a polêmica entrevista dada ao programa Roda Viva, nesta segunda-feira (8). No Twitter, ele disse que a fala se referia apenas à Operação Lava Jato.

 

“Ontem, em entrevista ao Roda Viva, usei uma metonímia que merece explicitação. Jamais quis ofender o povo curitibano. Não foi Curitiba o gérmen do facismo; foi a assim chamada ‘República de Curitiba’ (Operação Lava-Jato e os juízes responsáveis por ela na capital paranaense)”, declarou o ministro.

 

Ontem, em entrevista ao Roda Viva, usei uma metonímia que merece explicitação. Jamais quis ofender o povo curitibano. Não foi Curitiba o gérmen do facismo; foi a assim chamada “República de Curitiba” (Operação Lava-Jato e os juízes responsáveis por ela na capital paranaense).

— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) May 9, 2023

O comentário de Gilmar Mendes provocou reações de vários setores. O governador Ratinho Junior disse  que “o ministro Gilmar Mendes certamente vai esclarecer uma fala infeliz, que ataca gratuitamente Curitiba e os paranaenses. O Paraná é terra de gente trabalhadora, que tem como norte o progresso, a lei e que repudia a corrupção e toda e qualquer forma de intolerância e preconceito”, disse o governador.

 

Já o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, pediu compostura ao ministro. “Não confundam o bom povo Curitibano e o grande nome da nossa amada Curitiba com qualquer briga política”, disse o prefeito.

 

O vice prefeito de Curitiba e secretário estadual de Cidades, Eduardo Pimentel, classificou o ataque como “uma barbaridade a fala preconceituosa do ministro Gilmar Mendes sobre Curitiba. Somos um povo ordeiro e trabalhador que tem em sua história a defesa das liberdades, da democracia e da Justiça. Curitiba é orgulho para o Brasil!”.

 

A deputada estadual Flávia Francischini repudiou, durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa, a fala do ministro do STF. “Ministro Gilmar, o mínimo que deve a Curitiba é um pedido de desculpas. É triste que um ministro do STF trate Curitiba como caricatura e por uma inverdade, valendo-se de uma fake news da esquerda”, afirmou.

 

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