Do Espírito Santo, para à Tríplice Fronteira. O Programa Piloto de Intercâmbio Estudantil e Vivência Profissional, resultado de uma parceria inédita entre o Itaipu Parquetec e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), está representando a seis jovens talentos uma oportunidade valiosa de enriquecimento da experiência acadêmica e profissional em Foz do Iguaçu (Paraná).
Ao longo de seis meses, os estudantes dos cursos de pedagogia, licenciatura em geografia e engenharia ambiental estarão em contato com os projetos de pesquisa e desenvolvimento do Parque Tecnológico, localizado na área da Usina Hidrelétrica de Itaipu, ao mesmo tempo em que realizam mobilidade acadêmica na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
A iniciativa visa promover a troca de conhecimentos, experiências e expertises entre as instituições, impulsionando o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico da região e do país. O objetivo é integrar os alunos do Ifes em um ambiente de excelência científica e tecnológica oferecido pelo Itaipu Parquetec, contribuindo com a formação de talentos na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
Segundo o diretor superintendente do Itaipu Parquetec, Professor Irineu Colombo, também idealizador do programa, a proposta é promover a integração de novas ideias e pensamentos de estudantes do Brasil, de outras universidades, escolas técnicas que tenham o interesse de fazer uma vivência em uma das universidades, seja a UNILA, a Unioeste ou outra instituição em Foz do Iguaçu ou em Ciudad del Este (Paraguai), ao mesmo tempo em que estudam e realizam o aprimoramento profissional no Parque Tecnológico.
“Para nós, é importante destacar que o estudante ingressa no programa vinculado uma necessidade do Parque de promoção de novos recursos humanos e de integração. O aluno vem de uma outra vivência geográfica e cultural, podendo contribuir do ponto de vista da convivência da equipe de gestão e produção, para além do conhecimento científico. O conhecimento cultural e as variáveis culturais são inseridas em um processo de inovação permanente”, evidenciou o diretor superintendente.
Ainda, de acordo com Colombo, as estudantes e os estudantes além de conhecerem outras instituições educacionais, também vão ter a oportunidade de compreender como funciona um Parque Tecnológico e como a ciência aplicada é produzida. “A tecnologia gerando bens econômicos. No sentido prático, é uma base teórica e cultural que vai ser formar com esse aluno para o interesse da inovação ou do empreendedorismo inovador no Brasil”, explicou.
Selecionados com base em critérios de desempenho acadêmico, motivação e interesse pelos temas propostos, os alunos vão receber bolsas de estudo do Itaipu Parquetec na modalidade “Iniciação Tecnológica e Inovação”, com aporte financeiro mensal durante a vigência do programa, que teve início no último mês.
“É com muita satisfação que estamos recebendo os alunos do Instituto Federal do Espírito Santo. Eles estarão presentes nos nossos projetos, no nosso dia a dia, tendo interação com o ecossistema, os centros e as universidades. Esperamos que eles aproveitem ao máximo toda essa oportunidade de aprendizado e troca cultural que está sendo proporcionada pelo Parque e pelo Ifes. Que seja o primeiro intercâmbio de muitos”, afirmou o diretor de negócios e empreendedorismo do Itaipu Parquetec, Eduardo de Miranda.
O diretor-geral do Ifes Campus Ibatiba, Professor Eglon Rhuan Salazar Guimarães, destacou como fundamental a realização dessa parceria com o Itaipu Parquetec. “Traz para a gente um engrandecimento muito valioso para a formação dos nossos alunos, que certamente vão ter uma formação pessoal e principalmente profissional com as experiências que serão adquiridas ao contribuir com o dia a dia dessa instituição tão importante, tão forte para o nosso país”, disse.
Aprendizados
Para a estudante de geografia do Ifes Campus Nova Venécia, Lorraine Karoline Lopes, 23 anos, as aspirações com o intercâmbio vão muito além do campo profissional. “Sempre fui muito curiosa, gostei de pesquisar e estar envolvida em projetos de extensão. É uma experiência nova, vai me tirar da zona de conforto e terei novas oportunidades para aprender. As maiores expectativas são em relação ao aprendizado, tanto profissional quanto pessoal, esse intercâmbio cultural também. Eu faço um curso de licenciatura e a experiência com uma parte mais técnica, como a de geoprocessamento, é gigantesca”, explicou.
Na reta final do curso de engenharia ambiental, o aluno do Ifes Campus Ibatiba, Antonio Carlos dos Santos Junior, já pode visualizar no Itaipu Parquetec uma experiência de como será o futuro profissional. “Está sendo uma expectativa muito boa, ter novos contatos e como trabalhar em diversas áreas. Ficamos muito no campo técnico, em sala de aula, aqui estamos tendo a experiência real e podemos conhecer sobre outras engenharias. É uma busca por conhecimento de diversas formas”, completou.
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