Olhar as redes sociais do candidatos, em especial no período eleitoral, ajuda entender a movimentação da política e saber quem apoia quem. O caso dos pretendentes ao Senado é bem emblemático. De Aline Sleutjes (PROS) a Sergio Moro (União Brasil), de Orlando Pessuti (MDB) a Paulo Martins (PL), todos mostram os seus apoios e os políticos que podem estar com eles. Mas isto pouco se vê nas redes de Alvaro Dias, cuja campanha é mais de gabinete.
Orlando Pessuti já mostrou fotos dele com o governador Ratinho Junior (PSD) e seu coordenador de campanha, Guto Silva. Já posou com o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, e tirou casquinha do tucano Beto Richa. Tem foto com o pai do governador, o apresentador Ratinho. Sem contar diversos prefeitos que o prestigiam em sua caminhada.
Na mesma esteira está Aline Sleutjes, que recentemente caminhava na Agroleite, com as lideranças locais de Castro e líderes do setor agrícola. Até foto tirou ao lado do vice-governador, Darci Piana (PSD). Já Paulo Martins mostrou que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), que gravou pedindo voto para Martins. E o ex-juiz Sérgio Moro esteve acompanhado com o deputado Rubens Bueno, líder do Cidadania. Sem contar as idas ao Interior onde está com empresários e prefeitos.
Já Alvaro tem feito a sua campanha sem demonstrar o apoio que, em tese, tem da Federação PSDB/Cidadania. Muito menos é visto com muitas lideranças e tampouco mostra que tem o respaldo do Palácio Iguaçu.
Há muitos vídeos de Alvaro dando depoimentos sobre diversos temas, usando o jingle de campanhas antigas. Talvez possa ser mais eficiente esse tipo de campanha, sem muita caminhada e sem olho-no-olho. E o senador pode surpreender a todos, tal como fez quando conseguiu espaço e tempo de televisão para se tornar competitivo na disputa. É acompanhar para entender.
