Por Marcos Traad
A famosa frase, “Há coisas que um homem deve fazer na sua vida: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”, atribuída ao poeta cubano José Martí, tem relação àquilo que todos gostaríamos de deixar para as gerações futuras. É claro que, como tantas outras frases de efeito, ela não é aceita de forma unânime, tendo em vista que várias podem ser as realizações que marcam momentos importantes da nossa passagem no universo.
Nos atenhamos então ao plantio de árvores, tendo em vista que o planeta precisa de atitudes que possam compensar parte dos danos que causamos, pela voracidade com que avançamos sobre o meio ambiente, em busca do necessário desenvolvimento econômico. Uma das metas ousadas da Gestão Greca em Curitiba é promover o plantio de 100 mil árvores por ano, chegando ao fim do seu mandato com 400 mil exemplares plantados na cidade.
Ousar e sonhar, são atributos importantes para todos, fundamentais e indispensáveis para quem governa. No entanto, para que as metas estabelecidas sejam cumpridas, a estratégia deve ser adequada, além dos recursos humanos e financeiros para tanto. Uma das bases para a consecução do objetivo proposto é a estrutura do Horto de Curitiba, do Departamento de Produção Vegetal (MAPV), da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Com duas sedes nos bairros Barreirinha (fundada em 1959, e responsável pela produção de árvores e arbustos) e Guabirotuba (fundada em 1936), ao longo dos seus 86 anos de existência, em 7,0 hectares de área produtiva o horto tem números expressivos. Produz quase 200 espécies, entre árvores e arbustos (10 mil exemplares por mês) e flores (2,5 milhões de unidades/ano), além da necessária aquisição de tantas outras no mercado. A cidade de Curitiba, tem o privilégio de estar sempre bela e florida para os seus habitantes orgulhosos da exuberância da natureza, e, para os cerca de 5,5 milhões de turistas que nos visitam todos os anos. Aliás, número em constante crescimento também em função dos atrativos de turismo de negócios em escala progressiva.
O plantio de mudas de árvores tem sempre uma base técnica, para que as espécies nativas sejam localizadas em espaços públicos diversos de acordo com as suas características de crescimento, entre outras. A distribuição de mudas para a população segue à mesma lógica da indicação mais adequada, de tal forma que não haja: o bloqueio de calhas de escoamento de chuvas, o avanço das raízes sobre locais pavimentados e etc., o que evitará problemas para o cidadão. Eventos específicos de plantios para a recomposição de matas ciliares, pelo Projeto Amigo dos Rios, são sempre acompanhados por estudantes diversos, além da comunidade local, para o entendimento sobre a importância da preservação ambiental.
E, passo a passo, Curitiba vai registrando os seus méritos, sempre com posição de destaque no cenário nacional e mundial. A marca do Projeto 100 mil Árvores já atingiu a 270.044 exemplares plantados. Graças ao envolvimento dos servidores municipais, numa ação integrada com a comunidade em geral, temos mais um marco referencial importante, motivo de orgulho dos Curitibanos. Também importa ressaltar que, na nossa capital, existe um grande número de homens e mulheres que já estão inseridos no contexto daqueles que deixam marcas, ao assumirem a autoria do plantio de árvores como parte do seu legado em vida. Liderados, é claro, pelo Prefeito Greca, que desponta como o grande semeador das 400 mil estabelecidas no seu Plano de Governo. E, como o Greca sempre gosta de afirmar: “mais um viva para Curitiba”!
MARCOS TRAAD é graduado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Mestre e Doutor pela Universidade Federal do Paraná. Foi Pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná e Professor Titular da PUCPR.