O ex-juiz Sergio Moro é quem vai decidir o futuro político do União Brasil no Paraná. Moro ganhou carta branca do presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, e agora tem feito a sua própria agenda em busca de aliança. No domingo, jantou com o presidente estadual do Republicanos, o Waldemar Bernardo Jorge, na pizzaria Bresser, acompanhados de suas esposas Rosângela Moro, e Luciana Jorge. Na pauta, apoio para sua candidatura ao Senado.
Moro tem sido hábil e sabe que precisa ganhar corpo político e aliados para se tornar viável. As lições aprendidas com suas saída do Podemos, migração para São Paulo e insistência para ser presidente, mostraram ao ex-juiz que não dá para atropelar etapas. E por isto, conversa com empresários, donos de meios de comunicação e políticos para formar uma frente favorável a sua campanha.
O ex-juiz acredita que pode ser eleito para o Senado. Mas entende que o União Brasil não pode sustentar a apenas a sua chapa, sem compor com o governador Ratinho Junior. A pesquisa que foi divulgada pela RIC, feita pela Realtime Big Data, só aumenta o seu cacife para negociar um acordo em nome do União Brasil.
O candidato do União Brasil entende também que precisa quebrar a resistência do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já tem um candidato ao Senado, que é o deputado federal Paulo Martins. Ao somar apoios no Estado, Moro aposta no pragmatismo de Bolsonaro, que aceitaria (mesmo a contragosto) a presença de Moro no palanque, em nome de uma eleição menos tumultuada no Paraná. Bolsonaro quer ganhar de lavada na região Sul e dividir os grupos de apoio não está nos planos do presidente.
Moro vem tocando a sua vida e o destino do União Brasil. Neste momento, a família Francischini deu um recuo providencial. Não vão entrar em choque com Luciano Bivar. Vão dando corda para Moro e cuidando do caixa do partido, que literalmente um capital importante nessa eleição