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25/04/2024



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Brasil vai na contramão das tendências de mobilidade urbana

 Brasil vai na contramão das tendências de mobilidade urbana

Uma pesquisa patrocinada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sugere que o Brasil está na contramão da história quando o assunto é mobilidade urbana e estímulo ao transporte coletivo. “O Brasil não apenas diverge de experiências internacionais de sucesso na mobilidade urbana sustentável, como também deteriorou sua posição na América Latina”, aponta o estudo.

 

O levantamento foi realizado em 15 regiões metropolitanas do País e revela que nestes aglomerados as tarifas do sistema público de transporte subiram mais que o preço da gasolina nos últimos 15 anos, excluído o período mais recente, com pandemia e guerra, em que os combustíveis fósseis tiveram grandes variações.

 

“Pode-se afirmar que o país subinveste e subfinancia o transporte coletivo e, inversamente, privilegia e subsidia o transporte individual motorizado”, avalia a CNI, destacando Curitiba como um modelo no transporte público, mas onde 49% das viagens são feitas de carro ou moto, enquanto em Salvador, Recife e no Rio de Janeiro o transporte individual fica na casa dos 20%.

 

A pesquisa demonstra que nas grandes concentrações urbanas brasileiras o uso da bicicleta como meio de transporte varia de 0,8% a 2,4%, um patamar bem menor que o de Bogotá, por exemplo, onde 7% das pessoas utilizam a bicicleta para se locomover. A capital colombiana também tem mais ônibus elétricos.

 

Investimento em mobilidade

O estudo da CNI compara a realidade brasileira com as modernas estruturas de mobilidade da Cidade do México e de Santiago, no Chile. Para que nossas regiões metropolitanas alcancem o nível das duas capitais latinas o investimento necessário seria de R$ 295 bilhões num horizonte de 20 anos. Cerca de 90% deste montante deveriam ser empregados em novas linhas de metrô, com recursos públicos e privados.

 

Mundo quente

O impacto dos gases do efeito estufa e o fenômeno El Niño farão a temperatura global subir nos próximos anos. De acordo com um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma das agências da ONU, há 98% de chance do mundo experimentar o período mais quente da história recente. A OMM informa que o aquecimento de 1,5 °C em relação a era pré-industrial não deverá ser superado permanentemente, mas acionou um alarme de que este limite será rompido com maior frequência.

 

Noruega elétrica

Grande produtora de petróleo, e principal fornecedora de gás para a Europa após o início da guerra da Rússia contra a Ucrânica, a Noruega teve uma receita recorde com a venda de combustíveis fósseis em 2022. Mas o que chama a atenção é a velocidade da descabornização da sua frota. No ano passado, os modelos elétricos responderam por 80% das vendas de carros no País, e até 2025 a autoridade norueguesa pretende encerrar a comercialização de veículos zero quilômetro com motor à combustão.

 

Desplastificação (I)

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou um relatório analítico e com recomendações para reduzir em 80% a poluição causada por plástico. O documento cobra mudanças profundas nas políticas que regulamentam o uso do produto e sugere a adoção de tecnologias para criar um ciclo virtuoso de economia circular, com medidas que permitam o reuso e a reciclagem de matéria plástica, além da substituição de embalagens de produtos de vida curta por materiais degradáveis.

 

Desplastificação (II)

Segundo o relatório, mesmo com a adoção de novas práticas, em 2040 o mundo ainda terá que dar destinação adequada para 100 milhões de toneladas de plástico. Por isso, o PNUMA sustenta que é necessária a definição de padrões globais de design e de segurança para o descarte de resíduos plásticos não recicláveis. Outra sugestão é cobrar uma taxa dos produtores de plástico para financiar as atividades de economia circular.

 

Desplastificação (III)

O órgão da ONU estima que a mudança para uma economia circular efetiva nesta cadeia pode fazer girar US$ 1,27 trilhão no mundo em 20 anos, somente na indústria da reciclagem. Também projeta uma economia de US$ 3,25 trilhões em ações de proteção à saúde, questões do clima, combate à poluição do ar, degradação do ecossistema marinho e custos relacionados a litígios.

 

Lítio mineiro (I)

O governo de Minas Gerais quer transformar o Vale do Jequitinhonha em um polo de tecnologia e de produção de baterias para veículos elétricos. A região norte do Estado concentra as maiores reservas de lítio do País e as autoridades locais querem atrair investimento estrangeiro para colocar em pé o projeto Vale do Lítio. A ideia foi apresentada pelo governador Romeu Zema na Nasdaq, em Nova Iorque.

 

Lítio mineiro (II)

Os mineiros informam que o lítio encontrado no Estado tem alto grau de pureza, que torna o produto mais eficiente na fabricação de baterias mais potentes. Outra diferença é que a extração do mineral utiliza menor quantidade de água que o modelo tradicional, tornando o processo menos nocivo ao meio ambiente. Estudos do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) indicam a existência de 45 jazidas no Vale do Lítio, o que poderá aumentar em 20 vezes as reservas já identificadas, garantindo o fornecimento da matéria-prima por um longo prazo.

 

Lítio mineiro (III)

Na apresentação feita a investidores americanos, o governo mineiro sustentou que o Estado abriga 40% das maiores minas em funcionamento no Brasil e tem reservas de 40 diferentes minerais, com destaque para o minério de ferro, ouro, bauxita, manganês, estanho e grafite. Minas Gerais também é o principal produtor mundial de nióbio. A cidade de Araxá concentra 57% das reservas globais do mineral.

(Foto: Ant Rozetsky/Unsplash)

 

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