Com um total de 3.989 novas operações no Paraná, das 13.446 realizadas ao longo de 2024 em toda a região Sul, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) alcançou R$ 2,07 bilhões em novas contratações no Estado, o que representa 3,5% de aumento em relação ao ano passado. Nos três estados do Sul, onde o banco atua, além de parte do Mato Grosso do Sul, o total chegou a aproximadamente R$ 6 bilhões em contratos.
Mesmo diante de um cenário desafiador em termos de acesso ao crédito, a marca histórica de R$ 5,970 bilhões superou em cerca de R$ 140 milhões o volume de financiamentos registrado em 2023. O número total de contratos avançou 75%, com as micro e pequenas empresas e os produtores rurais sendo os segmentos de maior crescimento.
“Esse volume de recursos colocados na economia a partir das nossas linhas tem o potencial de gerar pelo menos o mesmo volume de recursos no Produto Interno Bruto do Paraná, promovendo um efeito multiplicador importante na economia, principalmente na geração de renda e empregos diretos e indiretos”, analisa o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Renê Garcia Júnior.
No setor do agronegócio, o Paraná fechou o ano com R$ 910 milhões de todos os negócios do banco. Em seguida, o setor de comércio e serviços, com R$ 589 milhões. Com fortes investimentos em inovação e desenvolvimento de novos produtos, a indústria somou R$ 375 milhões no Paraná.
Como maior instituição financeira repassadora de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do País, o BRDE teve R$ 264 milhões aportados em projetos voltados à inovação no Paraná. Esses recursos financiam empresas inovadoras em desenvolvimento de produtos, processos ou serviços; investimentos fixos para a modernização das instalações; aquisição, no mercado interno, de softwares e serviços correlatos desenvolvidos no Brasil; gastos com matéria-prima e materiais de consumo, treinamentos e serviços de consultoria.
As micro, pequenas e médias empresas demandaram cerca de R$ 1,62 bilhão, sendo R$ 456 milhões no Paraná, enquanto os produtores rurais registraram R$ 1,21 bilhão nos três estados e R$ 508 milhões só na região paranaense.
Os investimentos por parte de empresas de grande porte somaram R$ 1,01 bilhão em financiamentos aprovados pelo BRDE ao longo do ano passado. Já os projetos voltados ao setor de infraestrutura responderam por R$ 196 milhões, com destaque para o forte crescimento de financiamentos por parte das prefeituras. Para investimentos em obras de urbanização, resiliência e prevenção a eventos climáticos, saneamento e iluminação pública, as prefeituras contrataram mais de R$ 93 milhões no ano passado – em 2023 foram R$ 45 milhões.
O BRDE também é um dos agentes de crédito do Programa Estadual de Irrigação – Irriga Paraná, criado pelo Governo do Estado. O programa envolve a subvenção do Banco do Agricultor Paranaense, gerido pela Fomento Paraná, a análise e o encaminhamento dos projetos dos empreendedores rurais pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Instituto Água e Terra (IAT), entre outros.
A iniciativa destina cerca de R$ 200 milhões para o programa, com repasse de R$ 150 milhões em linhas de crédito facilitadas para a implantação de sistemas de irrigação. O BRDE destinou inicialmente uma linha de crédito específica de R$ 42 milhões, com taxas de 7% a 12% ao ano, conforme o valor do financiamento e disponibilidade de fontes de subvenção.
O BRDE é reconhecido pelas suas boas práticas de sustentabilidade, por meio do crédito customizado, programas e ações de fomento à economia verde e à equidade social. Essas ações deram destaques ao banco em 2024, promovendo visibilidade nacional e internacional.
O Fundo Verde e de Equidade foi um dos programas do BRDE selecionado na COP 16, que aconteceu em Cali, na Colômbia, em 2024. Criada há dois anos, a iniciativa busca estruturar e potencializar as ações do banco na promoção de impacto social, ambiental e climático na região Sul do Brasil.
Outra conquista nesta área foi que o banco, pelo segundo ano consecutivo, recebeu o Selo Clima, na categoria A – mercado interno, concedido pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná (Sedest). Ele reconhece o compromisso de entidades ao combate às mudanças climáticas e redução de emissões de gases de efeito estufa.
Entre as várias ações do BRDE, o Banco Verde se destaca pelo conjunto de iniciativas voltadas à promoção de impacto socioambiental e climático positivo na Região Sul do Brasil. As diretrizes são executadas por meio de projetos, parcerias, financiamento e linhas de crédito que sejam aderentes a ao menos um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), alinhadas com compromisso global de descarbonização, investimentos verdes, mudanças climáticas, equidade e inclusão econômica e cidadã.
Mantendo o desempenho positivo do período anterior, as parcerias do BRDE em projetos de geração de energias com fontes renováveis e maior eficiência no consumo energético chegaram a R$ 159 milhões em 2024. Destaque também para o apoio às agroindústrias (cooperativas) com R$ 646 milhões em novos empréstimos e aos projetos para ampliar a capacidade de armazenagem de grãos (R$ 569 milhões de investimento).
O ano passado marcou, também, a forte presença do BRDE no mercado de capitais. O banco fechou 2024 com cerca de R$ 775 milhões em captação, sendo a primeira instituição do País a operar através das Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs), cujo limite de R$ 266 milhões foi alcançado em apenas uma semana.
O maior destaque se mantém com os títulos destinados a financiar o setor agropecuário, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que representam R$ 353,6 milhões.
Essa nova fonte de recursos foi decisiva para ampliar a oferta de crédito no segundo semestre do ano. A participação dos fundings internacionais ficou em R$ 693 milhões, abaixo do registrado em 2023, que teve um avanço histórico e chegou na casa de R$ 1,17 bilhão. Já a participação do BNDES, principal parceiro operacional do banco, fechou o ano com uma contribuição de R$ 2,83 bilhões.
O BRDE tem uma carteira ativa de R$ 21,5 bilhões e opera no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (estados controladores), além do Mato Grosso do Sul.
“Com uma equipe altamente qualificada e um contínuo investimento em novas tecnologias para agilizar a concessão de crédito, alcançamos um notável volume de R$ 6 bilhões em contratos. O BNDES, como parceiro estratégico, desempenhou um papel crucial, contribuindo com R$ 2,83 bilhões”, destacou o diretor administrativo, Heraldo Neves.
“Além disso, a diversificação de nossas fontes de financiamento, abrangendo Fungetur, Finep e capital externo, tem sido instrumental para expandir nossa capacidade creditícia. Nossa robusta atividade econômica nos três estados do Sul, com um destaque especial para o Paraná, tem sublinhado nosso papel preponderante como líder de fomento na região”, concluiu.
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