A montadora chinesa BYD cedeu 20 veículos de modelo Seal para uso dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O contrato foi assinado em novembro de 2024 e prevê que os carros cheguem à Corte neste mês.
Com o termo, o STJ se junta a outros órgãos públicos que entraram em acordo com a empresa para o uso de veículos, como a Presidência da República, que utiliza carros da BYD desde janeiro de 2024, e a Câmara dos Deputados e o Tribunal de Contas da União (TCU), que possuem uma frota montada da empresa desde março de 2024.
Em todos os casos, não há custo para as instituições. O modelo de contrato é o comodato, um acordo no qual o empréstimo não gera custos ao locatário, e tem validade de dois anos.
A Presidência da República utiliza dois modelos da BYD, o TCU, também dois, e a Câmara, um. Enquanto a Presidência recebeu os modelos Dolphin e Tan, o TCU utiliza dois Seal e Câmara, um Tan. O Tan está avaliado em R$ 449 mil, enquanto o valor de mercado do Seal é de R$ 298 mil e o Dolphin, R$ 179 mil.
Os veículos cedidos ao STJ representam o quádruplo do que foi cedido para Presidência, Câmara e TCU: enquanto os demais órgãos, somados, possuem cinco carros da BYD à disposição, a Corte vai receber 20 unidades. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pelo Estadão.
A BYD afirma, em nota, que sua participação no certame do STJ “foi realizada com total transparência e dentro das regras vigentes, com o objetivo de promover o uso dos veículos elétricos no País”. O STJ, por meio do estudo preliminar do contrato, justifica o chamamento público por defeitos na frota em uso pelos ministros da Corte e assessores.
O Seal é um modelo de propulsão elétrica, possui potência de 530 cavalos e foi escolhido por apresentar o menor valor na pesquisa de mercado realizada pela Corte.
Segundo o estudo preliminar do STJ, a frota utilizada pela Corte, composta por dez carros Azera, da Hyundai, e 24 do modelo Fusion, da Ford, “vêm apresentando sérios problemas mecânicos”.
O estudo elenca que a troca dos motores foi necessária em 14 das 34 unidades e, em três delas, o problema foi recorrente. Os técnicos também afirmam que o encerramento da produção dos Azera e Fusion “vem trazendo dificuldades na reposição de peças”.
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