O dilema de uma mãe preta ao falar sobre o racismo com o filho é o ponto de partida do espetáculo Ninguém Sabe Meu Nome, que chega a Curitiba para uma curta temporada, entre esta quinta-feira (19) e domingo (22). O espetáculo acontece na Caixa Cultural e os ingressos custam R$30 e R$15 (meia-entrada).
O espetáculo aclamado por público e crítica, tem idealização e interpretação da atriz carioca Ana Carbatti, que também assina a dramaturgia em parceria com Mônica Santana. A direção é de Inez Viana e Isabel Cavalcanti.
Em uma conversa íntima com o público, uma mãe preta se pergunta: “Devo educar meu filho para que cresça e floresça em sua pureza ou despi-lo em tenra idade de sua inocência e prepará-lo para enfrentar uma sociedade que não o reconhece como igual? Ou ainda, seria possível fazer as duas coisas?”
Trata-se de um monólogo com toques de humor, em que Ana se multiplica em muitas vozes e corpos para trazer ao palco reflexões sobre os códigos racistas implícitos na sociedade.
“Iara só quer ter certeza de que seu filho vai chegar à idade adulta e se tornar um cidadão comum e respeitado. A sua angústia sintetiza a de milhões de mães no Brasil e no mundo”, conta a premiada atriz indicada aos prêmios Shell, APTR e Cenyn pelo papel.
Para a diretora Isabel Cavalcanti falar sobre o racismo no Brasil e sobre a violência sofrida pela população preta, grande maioria no país, é urgente. “É fundamental repensar a história brasileira e promover esse debate no teatro, onde ainda é possível estabelecer um diálogo amoroso”, declara.
No final de semana, acontecem ainda duas ações paralelas do projeto no Teatro da Caixa Cultural. O debate temático “CO-VÍTIMA – uma questão de saúde pública” com a participação da geógrafa Glaucia Pereira do Nascimento e do ator e professor Marcel Malê, acontece no sábado (21), às 15h. Já no domingo (22), é a vez da oficina “Meu corpo: ação e emoção teatral”, das 13h às 17h.
Serviço
Espetáculo “Ninguém Sabe Meu Nome”
Data: de 19 a 22 de setembro
Local: Cultural Curitiba (Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro)
Horários: de quinta a sábado às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$30 e R$15 (meia entrada)
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(Foto: Renato Mangolin)
