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Causa estranheza o silêncio do G7 sobre a criação de 542 cargos comissionados

04/05/2022
calamidade

O setor produtivo paranaense vive reclamando que o Estado está inchado. Diante disso, causou estranheza o silêncio da maioria dos integrantes do G7 em relação à criação de 542 cargos comissionados que vão atender a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público.

 

Apenas a Faciap (que representa 295 associações do comércio paranaense) e a Fetranspar (ligado ao setor de transporte de carga) se manifestaram contra essa decisão, que vai custar R$ 101 milhões, que serão pagos pela sociedade.

 

A coluna procurou a Faep, a Fiep e a Fecomércio, que preferiram não se manifestar sobre o assunto. Falou também com a ACP e a Ocepar, que não retornaram antes da divulgação da matéria.

 

> Alep aprova criação de 542 novos cargos. Entidades do setor produtivo protestam

 

A Faciap foi a primeira se manifestar contra a criação dos cargos. Em ofício encaminhado ao procurador geral de Justiça, Gilberto Giacoia, ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, e ao presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Neto, o presidente da Faciap, Fernando Moraes, diz que o impacto no orçamento com a criação e provimento dos cargos evidencia um expressivo aumento dos gastos públicos, os quais oneram diretamente o contribuinte, mesmo havendo previsão de orçamento para isso.

 

Moraes recebeu respostas padrões, informando que os novos cargos iriam melhorar o atendimento ao cidadão, com ampliação dos serviços.

 

O presidente da Federação de Transporte de Cargas do Estado do Paraná – Fetranspar, Coronel Sérgio Malucelli, avalia como inoportuna a aprovação do texto em um momento em que o próprio Estado tem dificuldade de fazer reposição salariais em diferentes categorias. Embora o setor de transporte não tenha uma ligação direta com a decisão soberana da ALEP, todo o setor produtivo acaba sendo impactado com a medida.

 

E realmente os novos cargos vão impactar o orçamento.

 

No caso da Assembleia, o projeto prevê a criação de 121 novos cargos para o setor administrativo da Casa, com salários que vão de R$ 8 mil a R$ 18 mil mensais. O impacto previsto é de R$ 30 milhões anuais.

 

De acordo com o texto, “ao todo, estão sendo criados 121 (cento e vinte um) cargos comissionados para setores que careciam de estrutura própria ou adequada”. Os cargos serão distribuídos entre a Escola do Legislativo, a Ouvidoria-Geral, a Coordenadoria de Cerimonial e as Comissões Permanentes, Blocos Temáticos, Corregedoria e Comissões Parlamentares de Inquérito.

 

Para o Ministério Público, a previsão é de criação de 261 cargos, com impacto também de R$ 30 milhões anuais. O MP alega que o aumento de despesas está dentro do Orçamento do órgão.

 

O Tribunal de Justiça prevê a criação de 160 cargos, com impacto de R$ 40 milhões. Em ambos os casos, a informação é de que os recursos estão previstos no Orçamento.

 

O silêncio do G7 espanta, pois tem horas que é preciso se posicionar de forma contundente, mas pelo visto essa defesa da sociedade vai ficar com a Faciap e Fretranspar.

2 comentários em “Causa estranheza o silêncio do G7 sobre a criação de 542 cargos comissionados”

  1. Leonor Alba Mendieta

    É muito facil dizer que o custo já está no orçamento, o seja estava previsto….mas em tempos de crise se prioriza o essencial, o emergencial, se poupa, dinheiro a ser gasto, vem da mesma fonte, a Sociedade.

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