Garantir o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes é uma prioridade para pais e responsáveis. De acordo com o Ministério da Saúde, até 40% das crianças brasileiras apresentam pelo menos um episódio de anemia antes dos 5 anos de idade, condição que pode ser identificada e tratada precocemente com exames laboratoriais. Ainda, a obesidade infantil, que atinge 14% das crianças no Brasil, pode ser prevenida com a detecção precoce de alterações metabólicas. Nesse contexto, o check-up infantil desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças, no acompanhamento do crescimento e no diagnóstico precoce de condições que podem impactar a saúde no longo prazo.
Além de proporcionar diagnósticos precoces, o check-up infantil contribui para a criação de uma cultura de cuidado com a saúde. “Quando a criança cresce com uma rotina de consultas e exames, ela tende a se tornar um adulto mais atento à própria saúde, prevenindo doenças crônicas como diabetes e hipertensão”, explica o bioquímico e responsável técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski.
Estudos do Ministério da Saúde e da SBP indicam que crianças com acompanhamento médico regular apresentam menor incidência de internações hospitalares e melhor desempenho escolar, reflexo direto de uma saúde bem monitorada. “Mesmo sem sintomas aparentes, exames como hemograma completo, glicemia, perfil lipídico e testes de alergia ajudam a detectar possíveis desordens antes que se tornem problemas maiores. A prevenção sempre será a melhor estratégia em saúde e os exames de rotina são aliados dos pais e responsáveis na construção de um futuro mais saudável para seus filhos”, explica o bioquímico. Os exames laboratoriais devem ser pedidos pelo médico. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a frequência das consultas varia conforme a idade da criança: até os 6 meses, as visitas devem ser mensais; até os 18 meses, trimestrais; dos 2 aos 4 anos, semestrais; e dos 5 aos 19 anos, anuais. “Esses intervalos são essenciais para monitorar o desenvolvimento físico, mental e imunológico das crianças, ajustando intervenções conforme necessário”, lembra Kozlowski.
Exames infantis de rotina por idades
Até 1 ano:
– Hemograma completo: para identificar anemia e verificar estoque de ferro.
– Exame de urina e parasitológico de fezes: para avaliar infecções ou parasitas.
De 1 a 5 anos:
– Hemograma completo: acompanhamento contínuo de condições do sangue.
– Exame de urina e fezes: monitoramento de infecções e parasitoses.
– Testes de intolerância e alergias alimentares.
De 6 a 9 anos:
– Hemograma completo.
– Glicemia: avaliação de possíveis alterações no metabolismo do açúcar.
– Exames de visão e audição: essenciais para o desempenho escolar.
A partir dos 10 anos:
– Perfil lipídico: para monitorar o metabolismo das gorduras.
– Hemograma completo e glicemia: manutenção do acompanhamento geral.
– Hepatograma e anticorpos para hepatites: avaliação da saúde hepática.
– Exames de intolerância alimentar e alergias.
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