A Cinemateca Brasileira recuperou, digitalizou e catalogou, pela primeira vez, mais de 1,8 mil filmes da coleção em nitrato de celulose, a mais antiga e frágil do acervo da instituição. Entre as obras estão alguns registros históricos do País que datam do início de 1900 até 1950. Agora, eles estarão disponíveis no site oficial da Cinemateca Brasileira e do Banco de Conteúdos Culturais (BCC), de forma gratuita.
A coleção Nitratos da Cinemateca Brasileira é formada por títulos sobreviventes de arquivos e cinematecas de todo o Brasil Entre as obras, estão Barulho na Universidade, de 1943, dada como perdida, o documentário mais antigo do acervo, Ceremônias e Festa da Igreja em S. Maria, de 1909, e também Amazônia e Rio Exposição de 1922, um compilado de imagens feitas por Silvino Santos entre os anos de 1919 e 1926.
A iniciativa é parte do projeto Viva Cinemateca, voltado para a recuperação de importantes acervos e para a modernização da sede e da infraestrutura técnica da instituição. O projeto, de cerca de R$ 15 milhões, é realizado por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura e com patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, o patrocínio master da Shell e copatrocínio do Itaú Unibanco.
Nitratos da Cinemateca Brasileira é um dos principais trabalhos da instituição desde sua reabertura em 2022, principalmente por conta dos materiais extremamente delicados e sujeitos à autocombustão. Foram contratados 30 pesquisadores e técnicos de preservação e documentação que, em dois anos, recuperaram mais de 3.392 rolos de filmes.
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(Foto: Reprodução)
(Estadão Conteúdo)