HojePR

LOGO-HEADER-slogan-675-X-65

04/05/2024

Acabou o verão?

verão

Dizem que acabou o Verão, pelo menos oficialmente começou o Outono. Curitiba é uma cidade maravilhosa e a mudança de estação veio com chuva e queda de temperatura depois de uma semana literalmente “infernal”, fez muito calor esses dias. Foi praticamente impossível viver sem o ar condicionado. A temperatura mais baixa abre caminho para o retorno dos tintos, vamos ver o que a temporada nos apresenta.

 

Depois de passar os últimos meses me entupindo de Chardonnay, que é a uva branca que mais se adaptou ao meu paladar, resolvi encerrar o Verão com outras uvas. Procurei na adega e estava lá um vinho argentino da uva Torrontés, que é a uva típica dos Hermanos para os vinhos brancos. Tomei muito Torrontés na minha vida por conta de um período em que eu residi em Foz do Iguaçu, e atravessava com frequência a fronteira para fazer degustações e compras na loja Caminos do Iguassu, que continua sendo a melhor loja para escolher bons vinhos no lado argentino da Tríplice Fronteira.

 

A uva Torrontés tem origem espanhola, veio para a América do Sul com os imigrantes. Hoje são três a variedades da uva: Mendocina, Sanjuanina e Riojana. Os vinhos são extremamente aromáticos. Os que são produzidos no Vale del Cafayate são mais frutados. Os vinho da região de Salta, na altitude dos Andes, são um pouco mais secos e ácidos. O vinho que estava na minha adega era de Salta, um San Pedro de Yacochuya, produzido a exatos 2.035 metros acima do nível do mar. Antes de tomar coloquei ele no freezer para chegar na temperatura exata, entre os 6 a 8 graus, ele estava perfeito. Uma cor amarelo palha, com aromas de frutas cítricas e maça verde, e na boca aparece uma mistura de maracujá e hortelã, perfeito para comidas picantes, no meu caso acompanhou uma comida japonesa com bastante wasabi.

 

Don Arnaldo Etchart

 

Essa vinícola tem uma história bastante interessante. A Família Etchart está na região desde 1850. No final dos anos 90, em 1996, eles venderam a sua propriedade para um grupo francês, mas já haviam comprado outras terras para continuar produzindo vinhos. Eles contrataram o famoso enólogo francês Michel Roland para auxiliar na produção dos 30 hectares que eles tinham comprado. O resultado foi fantástico. Os vinhos são ótimos, os tintos pesados e densos, excelentes para um churrasco fogo de chão. A produção de fez tanto sucesso que metade dela é vendida para o exterior antes mesmo da colheita. Salta está na minha lista de destinos de vinhos que eu ainda pretendo visitar.

 

No final de semana anterior, onde o calor também era intenso, resolvemos abrir um vinho italiano da uva Pinot Grígio. Um vinho bem mais leve e menos alcoólico que o Torrontés. Essa uva italiana agrada muito ao paladar brasileiro. Na taça este vinho apresenta uma cor amarela esverdeada, com aromas de pêssego um pouco mais maduro, e na boca as frutas cítricas se destacam. Possui um final mais longo e suave. O produtor fica na Sicília, a vinícola Barone Montalto. Um vinho com ótimo preço, leve, fácil de tomar, perfeito para iniciar os trabalhos ou para passar o dia na piscina, lago ou à beira-mar.

 

O solo árido da Sicília

 

Dicas da semana

1 – vinho branco Mànnara Terre Siciliane. Safra 2021. 100% uva Pinot Grigio. 12% de teor alcoólico. Nas lojas on-line o preço varia entre R$ 79,00 a R$ 97,00

 

2 – vinho branco San Pedro de Yacochuya Espião. Safra 2023. 100% uva Torrontés. 14% de teor alcoólico. No site da Gran Cru por R$ 184,90

 

Leia outras colunas do Alexandre Teixeira aqui.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *