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04/05/2024

Excessos

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É verdade que depois da primeira garrafa não existe diferença entre os vinhos? Para algumas pessoas não existe, para outras existe sim. Os especialistas sempre orientam a gente a começar com o vinho mais simples e ir subindo a régua para os mais complexos e sofisticados. O argumento é que o paladar vai aprimorando, os aromas vão se multiplicando na boca da gente, e a memória olfativa vai sendo resgatada, despertando perfumes que estavam presos no cérebro.

 

Uma boa noitada de vinho ao lado dos amigos é algo espetacular e que entra para a nossa história naquele pedaço das boas lembranças. Estarei mentindo para vocês se falasse que nunca aprontei uma dessas. A verdade é que já fiz muitas, algumas vezes me arrependi pelo que tomei, e outras pelo que deixei de tomar, mas nunca me arrependi de dividir uma garrafa de vinho com um amigo. Das bebidas alcoólicas, acho que o vinho é a melhor de todas para longas e profundas conversas, ou para esquentar noites frias de inverno.

 

Nos últimos dias acabamos vivendo um montanha russa de temperaturas climáticas. Um dia calor de quase trinta graus, e outro a temperatura batendo na casa do 7 e 8 graus. Quem aguenta isso? Só bebendo para suportar o clima. Vou contar a história de uma turma de 9 pessoas que se reuniu na minha casa para debater as “mudanças climáticas” e mandaram para baixo exatas 13 garrafas de vinho. As provas dos crimes estão nas fotos que ilustram a coluna de hoje.

 

Não foi uma degustação vertical de Vega Sicília, o icônico vinho espanhol, que recentemente promoveu uma prova para alguns poucos convidados. Só para avisar que, infelizmente, eu não estava entre eles.

 

Foi uma degustação de vinhos que os amigos compartilharam e que na sua maioria fazem parte daqueles clubes mensais de vinhos que as principais importadoras estão oferecendo por ai.

 

Depois de tanto vinho foi difícil escolher o melhor. A verdade é que o grupo separou sete que se destacaram entre debates sobre efeito estufa e carros elétricos. Não sei dizer a ordem em que foram tomados, mas vou dar detalhes de dois.

 

O primeiro é o português Wine Note da Vinhas dos Reis. Vinho produzido na região do Dão, num solo que mistura o granito e xisto. Um vinho com uma cor vermelha forte, aromas de violetas e amoras, e com paladar de frutas secas e especiarias.

 

Vinho da Quinta dos Reis

 

Vinhedos de Silgueiros, região do Dão

 

O segundo vinho é argentino Salentein Numina Malbec. Durante anos a uva Malbec foi minha preferida e a explicação que eu posso dar é simples, abra uma garrafa deste vinho para você entender. Forte, potente, saboroso, quase um licor. Um vinho que agradou praticamente toda a turma e que rendeu muitos elogios. Um vinho com uma cor rubi, com aroma de frutas negras maduras (como ameixa e mirtilo) e na boca muita baunilha em virtude da passagem por barricas de carvalho.

 

 

Belissímo Numina da Salentein

 

Salentein debaixo de neve neste inverno 2023

 

Quem topa juntar alguns amigos, combinar de compartilhar garrafas, comer alguma coisa e dar muitas risadas?? Quem sabe um dia, é só ter sede e vontade.

 

Dicas da semana

1 – Vinho Wine Note, produzido pela Vinha dos Reis, em Portugal. Safra 2015. 14.5% de teor alcoólico. Blend das uvas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz e Jaen. Ao preço de EU$ 24,00 (vinte e quatro euros) em sites portugueses que entregam no Brasil.

 

2 – Vinho Salentein Numina. Argentina. Safra 2021. 100% Malbec. 14.5% de teor alcoólico. Desde R$ 230,00 a R$ 360,00 em lojas e site especializados.

 

Leia outras colunas do Alexandre Teixeira aqui.

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