Acabou 2024, que venha 2025. Novo ano, vida nova, novas promessas. A gente sabe que metade daquilo que prometemos não vamos cumprir, tipo: vou beber menos, vou comer menos, vou fazer ginástica, vou sofrer menos por conta do meu time de futebol. Já que a gente não vai cumprir mesmo não adianta sofrer por antecipação, então o negócio é colocar o espumante para gelar e esperar a hora certa para abrir a rolha.
Virada do ano pede espumante, champagne ou sidra. Quem já passou dos 50 se lembra bem que no passado ou a gente brindava com Sidra ou mandava importar um champagne do exterior. Sidra é um fermentado à base de maçã, com baixo teor alcoólico, na faixa de 5,7%, bastante doc,e e que pode ser usada como base para você fazer uma sangria de ano novo. Mistura tudo com água, suco ou refrigerante, coloque junto as frutas que você tem em casa, laranja, abacaxi, melão, maracujá e morango, coloque bastante gelo, umas folhas de hortelã, e pronto. Um drink chic.
Champagne é o espumante francês, produzido na região nordeste do país europeu que leva o mesmo nome. Somente as bebidas produzidas naquela região é que podem usar o nome Champagne, e os franceses costumam processar que usa o nome da bebida em outros países ou regiões. Um champagne das mais famosas e que você encontra facilmente no Brasil é a Veuve Clicquot, que sai em média R$ 550,00 a garrafa. A mesma garrafa na Europa custa EU$ 45,00 (quarenta e cinco euros). Eu gosto da Ruinart, também francesa, produzida à base da uva Chardonnay, e com 12,5% de teor alcoólico. Se você quer impressionar os convidados da sua festa de ano ano, essas duas, ou uma champagne Taittinger vão dar conta do recado.
Mas você não precisar gastar dinheiro à toa e pode muito bem mostrar que é um bom entendedor de vinho e optar pelos espumantes brasileiros. Já faz tempo que os nossos espumantes nacionais são considerados os melhores do mundo. Das Américas com certeza os brasileiros vencem de goleada. Semanas atrás um grupo de especialistas se reuniu para degustar espumantes nacionais para o final do ano. A jornalista Suzana Barelli coordenou a degustação às cegas que eu compartilho uma parte aqui com vocês.
A campeã entre os especialistas foi a Victoria Geisse Extra Brut, produzida na região de Pinto Bandeira no Rio Grande do Sul. Um espumante que leva 36 meses em contato com as leveduras, é bastante cítrica, tem um cor amarelo palha, com bastante e longas borbulhas. Ela é top. Acredito que se você for fazer uma degustação às cegas com as francesas a Victoria Geisse pode ganhar.
A região de Pinto Bandeira merece uma visita. Eles estão dando um show não apenas na produção de espumantes como de excelentes vinhos brancos e tintos. Foram os vinhos desta região que serviram os líderes mundiais no evento do clima da Nações Unidas, a COP 29, realizada no Rio de Janeiro. A segunda sugestão desta última coluna do ano é o espumante Aurora Pinto Bandeira, da Vinícola Aurora. São 12 meses de contato com as leveduras, com uma cor dourada, e toques de baunilha.
São duas ótimas opções, duas bebidas brasileiras que se agradaram os especialistas, com certeza vão fazer sucesso em qualquer mesa.
Que 2025 comece animado, com bons vinhos e espumantes, com muita saúde, paz e alegria, e que a gente tenha novos vinhos para beber junto com os amigos. Um brinde à vida.
Dicas da semana
1 – espumante Victoria Geisse Extra Brut. Safra 2017. Blend de uvas. 12% de teor alcoólico. No site e lojas da Grand Cru por R$ 380,00.
2 – espumante Aurora Pinto Bandeira. Blend das uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico. 13% de teor alcoólico. Na lojas especializadas à partir de R$ 100,00
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