Pular para o conteúdo

HojePR

DASILVA-CABECA-COLUNA

Será que sou um LÍDER TÓXICO?

25/10/2024

Salve salve meus amigos, espero que os encontre bem. Quem me acompanha nas redes sociais viu que nos últimos dias estive presente em algumas cidades em que o Grupo Sagacy possui unidades próprias e franquias e mesmo com uma agenda abarrotada, não posso deixar de compartilhar mais uma matéria ligada a Saúde Mental e Negócios, com todos vocês.

Hoje quero começar nosso bate papo com uma pergunta muito importante: Quem de vocês já entrou em um ambiente ou conversou com alguma pessoa e saiu se sentindo pesado, cansado, com a sensação de que sua energia foi praticamente drenada? Essa situação tem acontecido muito nos ambientes corporativos. Agora imagina outro cenário: E quando essa pessoa é seu chefe/líder?

O assunto é tão impactante que a temática liderança tóxica está cada vez mais presente nos ambientes de trabalho de boa parte das empresas e tem sido motivo de muita controvérsia. Como estou a frente de vários programas envolvendo capacitação de liderança, mentoria executiva ou programas de coaching, posso dizer com propriedade que muito dessas demandas se devem a essa situação de liderança pouco ou quase nada saudável para as empresas.

Pior ainda, e quando esse líder tóxico gera ótimos resultados, atinge todas as metas? Aí sim o desafio é enorme.

É fato que a liderança é um dos pilares fundamentais para o sucesso de uma organização, isso todos nós sabemos. Contudo, quando essa liderança se torna tóxica, suas consequências podem ser devastadoras. Infelizmente, nada novo também. A liderança tóxica se caracteriza por comportamentos que desestimulam e desvalorizam os colaboradores, criando um ambiente de trabalho hostil, pesado e com baixo índice de pertencimento.

Nessa matéria, o que gostaria de enfatizar é um pouco das consequências mais preocupantes dessa prática, destacando a “falta de engajamento” dos funcionários, que pode desencadear uma série de problemas organizacionais.

Pesquisas indicam que equipes desengajadas por problemas direto com a sua liderança, apresentam uma alta rotatividade e com um número expressivo de colaboradores deixando a empresa em busca de ambientes mais saudáveis. Isso gera custos elevados com rescisão, recrutamento e treinamento, além de perda de conhecimento crítico e possível reclamatória trabalhista.

Além disso, a falta de engajamento pode criar um “cabo de guerra” interno, onde equipes competem entre si em vez de colaborarem, atrasando projetos e impactando negativamente nos objetivos da empresa. Esse clima de rivalidade reduz a sinergia e inibe a inovação, essencial para o crescimento da organização. Outro aspecto negativo da falta de engajamento por conta da liderança tóxica, é a falta de integração setorial. As pessoas desanimadas, desencorajadas, tornam o ambiente deficiente em comunicação e o trabalho em equipe se torna praticamente impossível, corroborando para o insucesso de qualquer atividade do setor e entre os setores, até mesmo da empresa como um todo.

Programas de liderança em que sejam abordados temas como comunicação não violenta, empatia e liderança das emoções, são ótimas ferramentas para alavancar a gestão organizacional. Muitos assuntos mal resolvidos no passado (seja na gestão da empresa e principalmente, na vida pessoal do colaborador) podem sim fomentar o comportamento desse líder tóxico e por consequência gerar diversos danos na corporação.

Alguns colaboradores podem estar pedindo ajuda calados e se não forem entendidos e atendidos, certamente contaminarão toda uma equipe. Importante ressaltar que a maior parte das pessoas se comunicam de “boca fechada”. Mas fiquem calmos, isso falaremos com mais detalhes nas próximas matérias.

Alguns pilares devem ser enfatizados em programa de capacitação que buscam a melhoria do ambiente organizacional por meio de uma liderança mais assertiva e menos tóxica, destacando:

  • Pertencimento: Os colaboradores precisam sentir que fazem parte de algo maior. Organizações que promovem atividades de integração e team Building (projeto voltado para a construção de times de alta performance) como retiros e eventos sociais, ajudam a cultivar um senso de pertencimento.
  • Importância: Os funcionários que entendem a relevância de seu trabalho tendem a se engajar mais. A prática de reconhecer e celebrar conquistas individuais e de equipe, como premiações ou reconhecimentos públicos, podem reforçar essa sensação.
  • Conexão: Promover um ambiente onde a comunicação é aberta e as pessoas se sentem à vontade para expressar suas opiniões é essencial. Ferramentas de feedback contínuo e reuniões regulares podem fortalecer essa conexão. Aqui o destaque é para o investimento em um setor de Recursos humanos muito ativo. O RH precisa ser estratégico e preparado para realizar essa gestão.
  • Limites e Regras: Estabelecer diretrizes claras sobre expectativas e responsabilidades ajudam os colaboradores a se sentirem seguros em suas funções. Organizações que definem e comunicam bem esses limites tendem a ter equipes mais focadas e produtivas.
  • Generosidade: Incentivar a colaboração e o apoio mútuo é vital. Programas de mentoria, onde colaboradores mais experientes ajudam os novos, são um excelente exemplo de como fomentar a generosidade no ambiente de trabalho.
  • Crescimento: Oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional é um fator chave para manter os colaboradores engajados. Cursos, treinamentos e planos de carreira bem estruturados podem ajudar a satisfazer essa necessidade.
  • Missão de Vida: Quando os colaboradores veem suas funções alinhadas a suas próprias metas e valores, eles se tornam mais engajados. Empresas que articulam uma missão clara e a comunicam efetivamente, permitem que os funcionários se conectem a essa missão de forma mais profunda.

Vale ressaltar que o capital humano continua sendo o principal ativo de toda empresa e o adoecimento ou toxidade das lideranças, resultam em perda de resultado, escassez de mão de obra e prejudica sobremaneira a reputação da empresa. Entenda que para iniciar um trabalho que contribua para reversão de um possível cenário de liderança tóxica na empresa, é crucial que as organizações invistam nos pilares de engajamento citados acima, procurem entender e lidar com as emoções de seus líderes e discutam na prática a dicotomia entre: Resultados obtidos por líderes tóxicos versus o impacto destrutivo da sua atuação.

O objetivo principal da gestão saudável e profissionalizada será norteado não apenas em reduzir os efeitos nocivos da liderança tóxica, mas também construir uma cultura organizacional robusta e resiliente. Preste atenção nos sinais que a sua própria equipe pode demonstrar, avalie o clima do ambiente e não tenha medo de repente entender que a maior toxidade pode estar em você.

Pedir ajuda não é fraqueza (não somos super heróis), porém, persistir no erro é amadorismo… Pense nisso!

Leia outras colunas do Luiz da Silva aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *