Carneiro Neto e Dante Mendonça lançaram a ideia. O Aeroporto Internacional Afonso Pena deve ser rebatizado como Aeroporto Internacional Jaime Lerner. São muitas as razões para tanto.
A primeira questão a ser analisada é a razão do aeroporto ter o nome do antigo presidente da República (1906/1909). Ele já dá nome às cidades de Conselheiro Pena (MG), Penápolis (SP) e ao distrito de Presidente Pena (Carlos Chagas, MG). Nomeia a principal avenida de Belo Horizonte e a de Campo Grande (MS). Além disso, é cultuado no meio acadêmico; em sua terra natal, Santa Bárbara, há um mausoléu em que repousam seus ossos e onde se conta sua história.
Seu nome ao nosso aeroporto internacional deve-se ao fato de ter sido construído nas terras da Colônia Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Logo, a denominação se deu como homenagem indireta ao velho político mineiro. Destaque-se esse ponto.
Por outro lado, Jaime Lerner é o maior da revolução urbanística que deu fama a Curitiba. De uma cidade provinciana, a capital paranaense passou a ser conhecida internacionalmente graças às ideias e os projetos comandados por Lerner e sua equipe.
Prefeito de Curitiba em três mandatos, governador do estado em outros dois, dirigiu também a União Mundial de Arquitetos. Levou Curitiba e o Paraná para o mundo, mostrando as soluções inovadoras que havia concebido e implantado.
É também provável que tenha sido a pessoa que mais utilizou os serviços do nosso aeroporto, tendo em vista as muitas centenas de viagens que realizou.
Tom Jobim cantou o Rio de Janeiro e os cariocas o homenagearam com o nome do aeroporto do Galeão. Jaime Lerner é um símbolo de Curitiba e do Paraná. Ninguém mais que ele merece dar nome ao aeroporto que serve à cidade em que nasceu – homenagem direta ao gênio do urbanismo que sempre será.
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2 Comentários
Nome que se dá não se tira, exceto em casos muito específicos. Tem que achar outra coisa para e mais relacionada com a sua trajetória em Curitiba
Apoiado! Não faz sentido o principal aeroporto paranaense levar um nome de um mineiro.