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Congresso das academias estaduais de letras

27/08/2024

A capital do Pará recebeu, de 9 a 11 de agosto, escritores e escritoras de todo o país, integrantes do Fórum Brasileiro das Academias Estaduais de Letras. Foram três dias de trabalho, com debates e elaboração de documentos, visando tanto a consolidação do Fórum como a COP 30, conferência das Nações Unidas sobre o clima que Belém irá sediar no próximo ano.

Os encontros entre as academias estaduais passaram a ocorrer a partir de julho de 2012, em Palmas, por iniciativa da Academia Tocantinense de Letras. Cinco anos mais tarde, a Academia Fluminense de Letras recebeu os acadêmicos em Niterói e, em 2018, a Academia Mineira de Letras encabeçou a criação do Fórum, com seu lançamento em Belo Horizonte.

Porém, foi a partir do Congresso realizado em Campo Grande em outubro de 2023, encabeçado pela Academia Sul-Matogrossense de Letras, que o Fórum tomou forma. Na edição deste ano, em Belém, foi formalizada a aprovação dos estatutos e a eleição da diretoria. O Mato Grosso do Sul ocupa a presidência, com Henrique de Medeiros; Antonio Penteado Mendonça, de São Paulo, é o vice-presidente; eu represento o Paraná na secretaria geral e o Rio Grande do Sul tem o escritor Airton Ortiz como tesoureiro. RJ (Fluminense), AL, PA, SC, RN, PI e RR completam os demais cargos. São Paulo é a sede do Fórum, em sala cedida pela Academia Paulista de Letras.

O importante no movimento de fortalecimento das entidades regionais é o aval e a supervisão da Academia Brasileira de Letras. Renato Cavaliere e Antônio Cícero estiveram no Mato Grosso do Sul no ano passado e Arno Wehling teve presença expressiva no encontro do Pará. Além do que, a presidência de honra do Fórum é exercida pelo presidente da ABL, Merval Pereira.

As sedes dos dois próximos congressos já estão definidas. João Pessoa irá sediar o próximo encontro no ano que vem, sob o patrocínio da Academia Paraibana de Letras. A edição de 2026 será realizada em Curitiba, comemorando os 90 anos da Academia Paranaense de Letras, candidaturas aprovadas por aclamação.

O ambiente entre os acadêmicos das diversas regiões brasileiras é harmonioso e de extrema cordialidade. Belém foi um ótimo exemplo disso, com os intelectuais recebendo atenção completa dos acadêmicos paraenses, comandados pelo presidente da Academia, Ivanildo Alves, e, entre outros, por Flávio Quinderé, Walbert Monteiro, Franssinete Florenzano e Salomão Habib, este um violonista de conceito internacional que impressionou os participantes com sua técnica.

Para quem cultua os livros, cada encontro é uma mina de tesouros, mostrando a diversidade cultural brasileira. As academias levam as obras de seus componentes e os participantes se esbaldam recolhendo os presentes. Difícil é trazer a pilha de livros a serem lidos. Mas essa é outra tarefa que todo intelectual tem prazer em cumprir; de preferência, em tempo integral.

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