Como hoje é véspera de Natal, vamos falar de tapumes e sua versão para presentes. Não sei se vocês já repararam, mas Curitiba de tornou uma cidade de tapumes. Constrói-se como nunca por aqui. Não é um fenômeno restrito a determinada região, como antigamente foi o Jardim Social, a Padre Agostinho ou a Visconde de Guarapuava. Agora os tapumes surgem em toda a cidade. Atrás deles, os imensos guindastes, os cones a interditar uma faixa da rua, o barro deixado pelos pneus dos caminhões sujando a pista.
São as agruras do progresso, é a doença do crescimento. Curitiba sobe vertical e horizontalmente, já que os condomínios fechados também não param de surgir.
Temos de conviver com isso, afinal os projetos arquitetônicos são de boa qualidade, com poucas exceções. Entre essas, o imenso paliteiro erguido na Ecoville. Um monstrengo assimétrico, fora da escala dos prédios da região, com amarração por vigas de concreto aparente, em tardia manifestação do movimento brutalista. No caso, um brutamontes.
Os tapumes, se fossem decorados, poderiam ser considerados presentes para a cidade. De toda forma, irão ajudar na valorização de seus bairros. Com eles, virão os serviços para dar mais vida à região.
O ótimo momento da indústria da construção civil é resultado dos bons índices de crescimento do PIB. No Paraná, ele vem crescendo em níveis superiores aos do país. O PIB paranaense cresceu 8,9% entre 2019 e 2023, segundo dados do Ipardes, como noticiado na semana passada aqui no Portal, enquanto o crescimento brasileiro no período foi de 7,8%. Outro dado interessante: em 2019 o PIB do estado somou R$ 466,3 bilhões, para fechar 2023 em R$ 665,6 bilhões. Um formidável crescimento.
Tapumes podem não ser embalagens de presentes, mas o vigor da economia é, sem nenhuma dúvida.
Que continuemos crescendo em 2025, consolidando ainda mais nossa posição como a quarta economia entre os estados brasileiros.
Feliz Natal a todos.