Em meados de 2024, o poderoso Barcelona adquiriu os direitos do atleta Dani Olmo, junto ao RB Leipzig, pela quantia de 55 milhões de euros. Já adianto aqui que o RB nada tem com o problema que será abaixo relatado. Tinha um “produto”, alguém quis comprá-lo. Foi vendido. Tão simples quanto.
O Barcelona é gigante. Seguramente um dos 5 maiores clubes do mundo. Mas ainda associativo. Não tem a mesma conduta administrativa que clubes já modelados como empresas possuem. Principalmente os que compõem a Premier League (primeira divisão inglesa).
Falhou quando adquiriu os direitos do atleta que ultrapassariam os limites financeiros impostos pelo Fair Play Financeiro da LaLiga. Não consegue registrar o jogador e desperdiçou o valor investido, bem como os valores mensais que serão devidos à Dani.
Se falhou por não se atentar às normas, mostra o quanto o modelo associativo tem brechas de governança. Ninguém será culpado e o prejuízo fica para o clube. Particularmente não acredito na hipótese.
A situação deve ter sido montada acreditando que, pelo poder de fogo que possui, como gigante que é, daria o famoso “jeitinho” e incluiria o atleta no plantel como apto à disputa de competições espanholas e até as internacionais. Desviando assim o propósito do fair play que foi instituído para dar o mínimo (está ainda longe de ser justo) de competitividade às equipes.
Se não houvesse a regulamentação, nunca haveria campeonato (principalmente a La Liga – Campeonato Espanhol da Primeira Divisão). Só disputariam Barcelona e Real Madri pois os elencos sempre seriam astronomicamente superiores a qualquer clube espanhol.
Parabéns à LaLiga. Bateu o pé e se impôs mesmo diante da forte pressão. Regras são feitas para serem cumpridas, não contornadas. Assim o coletivo se fortalece.
Agora, já pensaram se houvesse regra similar aqui no Brasil? E se Flamengo ou Corinthians viessem a descumpri-la? Aposto quanto quiserem que o “jeitinho” seria dado…