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GLENN-CABECA-COLUNA

Está achando facilmente onde seu jogo será transmitido?

16/04/2025

Antes era mais fácil, eu sei. Era só ligar na emissora do “plim plim” e o jogo anunciado durante a semana toda estaria na tela da TV aberta. O mesmo grupo de comunicação abriu uma série de canais em TV fechada para que todos os jogos daquela rodada fossem transmitidos por ela. Monopólio instaurado. Se quiserem assistir será esse o produto! E ponto final!

Pouco antes da pandemia eu ainda me arriscava a jogar algumas peladas. Lembro que, ao final de uma delas, já na parte regada à cerveja, disse para amigo/irmão: isso vai mudar em pouco tempo. O streaming está batendo à porta. O modelo antigo de comercialização estava chegando ao fim. A Lei do Mandante logo entraria em vigor. Ele desdenhou de mim e voltamos à cerveja…

Em verdade, estamos muito atrasados. Esse era um processo que já deveria ter ocorrido década atrás.

Os clubes, legítimos detentores de seus direitos de transmissão, já deveriam ter se agrupado em bloco e fugido do modelo tacanho imposto pelas federações regionais e pela CBF. O grupo que monopolizava as transmissões adorava. Pagava pouco e tinha o mignon do futebol nas mãos.

O agrupamento dos clubes parecia utópico. Mas andou alguns passos. Superou interesses individuais e até espúrios. Participei do início desse movimento, sempre muito entusiasta.

O modelo perfeito ainda não chegou. Ainda há muito caminho para percorrer para que tenhamos campeonatos melhores, mais organizados, mais valorizados.

No entanto, olhemos para o copo “meio cheio”. Foram criadas duas “ligas”. O ideal seria uma única, unida e forte em seus propósitos. Enquanto não a possuímos, temos a LIBRA (Liga do Futebol Brasileiro) e a LFU (Liga Forte União). Não temos ainda os campeonatos organizados pelas mesmas. Mas temos a comercialização dos direitos de transmissão dos clubes que as compõem realizados por cada qual delas.

E aí o horizonte já fica mais bacana! O mercado entra em ação. Foge-se do monopólio. Vende-se o jogo (o mandante é quem tem o direito de comercialização) para quem melhor remunerar o produto. Se o antigo monopolizador quiser comprar, poderá fazê-lo. É só pagar o preço!

Isso foi ótimo para os clubes. Deu independência e valorizou o produto. O player que tiver adquirido o direito de transmissão passa o jogo na plataforma que ele quiser (claro que pagando preços diferentes por cada uma delas), seja tv aberta, tv fechada, internet.

Os patrocinadores também gostaram da ideia. Suas marcas eram vinculadas e veiculadas em apenas um canal. Hoje podem ser vistas em todas as plataformas. Isso faz com que se atinjam todos os públicos, todas as classes sociais, todas as idades.

Ficou mais difícil para o fã/torcedor achar o jogo do seu time? Tem que pagar por vários canais diferentes? Por vezes passa em um veículo e já no próximo jogo o veículo que transmite é outro? Sim!

Mas vamos lá. Estamos em 2025. Breve pesquisa na internet nos abre o leque de opções de transmissão. Não é nada difícil nem, tampouco, absurdamente caro para o consumidor final. Em pouquíssimo tempo essa nova cultura já estará enraizada e nem nos lembraremos mais que reclamamos por ter que descobrir onde o jogo de nosso time será transmitido!

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