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GLENN-CABECA-COLUNA

Ligas unidas: futebol fortalecido

05/03/2025

Nos últimos dias, talvez devido ao turbilhão de informações que tivemos (carnaval, Oscar, política, etc e etc), uma notícia passou quase desapercebida.

E, para o negócio futebol, ela tem muita importância. Não se pode afirmar ainda, mas pode ser um marco. E um marco positivo.

As duas ligas que representam as equipes que disputam os campeonatos mais valorizados do país, assinaram um documento conjunto vendendo os direitos de transmissão do Brasileirão Série B.

Liga Forte União (LFU) e LIBRA (Liga do Futebol Brasileiro) venderam um pacote só (dos direitos de transmissão) que engloba as equipes que estão associadas à cada uma delas. Esse é um momento único, pois várias situações, interesses, egos, precisaram e puderam ser adequados e contornados para que a negociação acontecesse.

O próximo passo é se fazer o mesmo com os direitos dos clubes que integram hoje a série A do campeonato. É claro que os problemas, as situações e as vaidades a serem transpassadas são ainda muito maiores do que as que foram superadas na negociação da série B. É muito mais dinheiro envolvido, é muito prestígio, são muitos outros interesses agregados.

Mas o futuro é esse. Se quisermos um produto forte, profissionalizado, que ande em caminho paralelo ao caminho da CBFe reconhecido mundialmente, a unificação das Ligas se faz necessária.

Nesse momento as ligas só negociam os direitos de transmissão. Mas isso não é “só”.

Esse direito faz com que o poderio financeiro saia da mão da CBF e migre para os verdadeiros detentores do espetáculo. Teoricamente sem corrupção, sem cotovelos, sem “agrados”. Com o dinheiro na mão, administrado de forma correta, se melhora nível de atletas, de campeonatos, de campos de jogo, de arbitragem (que sonho…) e de todas as demais condições que hoje estão embaixo da sombra da Confederação Nacional.

Torçamos muito para que esse primeiro passo possa ser o primeiro de vários que conduzam à unificação. Vejamos sempre (e tenhamos “inveja boa”) a La Liga e a Premier League. Lembremos de décadas atrás e comparemos com o que vemos por lá nos dias de hoje. A qualidade do produto futebol, como um todo, não se compara com nada no mundo.

Futebol não se faz sem MUITO dinheiro e competência. E justamente por isso não precisamos de um “cartório nacional” que trave inovações, que limite anseios de crescimento e que fique com parte daquilo que se arrecada.

Que tenhamos a Liga Única. Que a tenhamos em breve.

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