Nossa conversa é sempre sobre dinheiro no futebol. E ele vem em doses cavalares quando se faz a coisa certa.
Não sei qual será o retorno esportivo que essa volta do Neymar ao Brasil (mesmo que talvez por poucos meses) trará. Mas já é fato que dinheiro entrará nos cofres do Santos em grande volume.
Já nos demos conta que foram 22 mil novos sócios em menos de 48 horas? Já paramos para pensar no tamanho disso? Quantos clubes no Brasil possuem 22 mil associados em seus quadros? Pouco mais de uma dezena. E Neymar, sozinho, trouxe esses números para o Santos em apenas 2 dias.
Futebol é paixão, é envolvimento, é êxtase. Quem sabe aproveitar esses sentimentos e canalizar para o lado comercial, converte o impalpável em cifras de maneira rápida e muito lucrativa.
Costumamos olhar só para o nosso “mundinho” mas esquecemos que há muito dinheiro e muitas oportunidades em mercados muito mais avançados e muito mais inteligentes que o nosso. Em vários países asiáticos, o número de simpatizantes com poderio financeiro é absurdamente maior do que temos aqui. E lá ainda é melhor pois, via de regra, não existem as doenças que o futebol (principalmente o latino) possui. Lá sim o esporte é visto como diversão, como entretenimento. Ouso dizer que esse mercado consumirá muito os materiais gerados pelo clube e pelo atleta. Muita receita virá de lá e de fora das fronteiras tupiniquins.
Voltemos a olhar para a amplitude dessa contratação. Só 5 países no mundo todo têm mais de 229 milhões de habitantes. Neymar, sozinho, tem esse número de seguidores em seu Instagram. Seguidores apaixonados por futebol e que consomem (em maior ou menor volume) produtos atrelados ao Neymar ou ao ecossistema em que ele trafega.
Já conseguimos mensurar o quanto o Santos e sua camisa passarão a ser conhecidos, valorizados e consumidos no mundo? Se apenas 0,1% dos seguidores de Neymar resolverem (talvez até induzidos por ele em suas mídias sociais) adquirir 1 camisa do clube, estaremos falando em 230 mil camisas? No mercado em que vivi dentro do futebol, não acredito que nenhum clube brasileiro venda esse volume no ano todo.
Esse percentual aleatório que usei, de 0,10%, ainda é muitíssimo baixo. Se a ação comercial for potencializada, os números simplesmente explodem. Foi apenas um pequeno exemplo do quanto essa “operação Neymar” pode ser grande e lucrativa.
Não há cálculo exato para mensurar o retorno financeiro e de globalização da marca devido à vinda dele para o Santos. Patrocínios, royalties, ações de marketing, bilheteria, venda de direitos, receitas indiretas, recorrência de sócios, exposição mundial da marca. Os números sempre serão surreais.
Resta ao clube ser inteligente para fazer com que todas essas situações sejam potencializadas ao máximo rapidamente. Não se sabe ainda quais as condições técnicas que o jogador apresentará e nem quanto tempo ficará no Brasil. Que se aproveite o momento e que se ganhe muito dinheiro!
Viva o futebol e seus ídolos. Viva o esporte no mundo capitalista. Viva o entretenimento e as boas sensações que esse esporte nos proporcionam.