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GLENN-CABECA-COLUNA

O preço de um rebaixamento!

11/12/2024

Um pouco diferente do que costumamos fazer, hoje não falaremos sobre os valores monetários exatos envolvidos (e perdidos) quando um clube vai da série principal do campeonato brasileiro para a série de acesso. Certamente são dezenas de milhões de reais que fazem falta em qualquer orçamento (por mais que o clube tenha seu caixa fortalecido). Seremos um pouco mais subjetivos.

O problema vira estrutural. O conceito do negócio precisa ser revisto. A forma de pensar e agir podem não ser mais as mesmas que davam resultado tempos atrás. Os métodos precisam ser revisados.

E nós sempre falamos aqui que o futebol tem o lado passional (diferente de todos os outros modelos de negócios). Esse lado ajuda e atrapalha. Quando as coisas estão bem, o lado passional ajuda, impulsiona, fomenta. Quando as coisas estão mal, o lado passional empurra para baixo, desvaloriza, cria incertezas.

É muito mais difícil tomar decisões acertadas quando o ambiente está impregnado de negativismo, de problemas, de incertezas. Por vezes, para se corrigir o erro, se cometem erros ainda maiores. E isso faz com que todo o projeto acumulado (e, por vezes, com sucesso) de vários e vários anos corra água abaixo.

Também deve-se fazer uma reflexão conceitual. A equipe caiu por conta de algum percalço apenas, por alguma conjuntura que não foi prevista, por algum fato isolado que interferiu em seu processo? Ou o projeto esportivo sempre foi tratado de forma empírica e foi dando certo até o ponto que não deu mais?

Se acompanharmos o último século (para termos boa base de comparação), veremos também que o futebol é cíclico. Impressiona como essa “lei” funciona. Isso se deve ao fato de não se conseguir manter uma uniformidade na matéria prima principal – o ser humano. Por mais que se tente fazer igual, a cada ano (devido às características de cada pessoa envolvida no processo) é necessária a mudança, a adequação, a revisão. Essa característica cíclica nunca vai acabar, mas se usar-se técnica, profissionalismo e gestão, os efeitos são mitigados. O impacto não é tão avassalador.

Rever conceitos, rever decisões, tomar novos rumos, adequar-se à nova realidade. Ser profissional e não empírico. Tudo isso envolto em um mar de incertezas e de questionamentos. Esse é o desafio. Esse é o preço a se pagar!

DEUS ajuda quem segue essa linha!

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