Enfrentar desafios e tomar decisões faz parte da nossa rotina. Dependendo do grau de dificuldade, uma decisão pode nos sobrecarregar e nos encher de preocupações, impedindo que façamos uma análise clara e objetiva. Pode parecer óbvio, mas no momento em que estão imersos em sofrimento, podemos atropelar o caminho simples e prático da tomada de decisão. Para que a ansiedade não tome conta das nossas emoções, há alguns passos fundamentais para aliviar a inquietação.
O primeiro passo para uma tomada de decisão eficaz é a coleta detalhada de dados e fatos relevantes. A importância dessa etapa é ressaltada por diversos estudiosos da psicologia cognitiva, como Daniel Kahneman, em sua obra “Rápido e Devagar”. Ele fala sobre a tendência humana para decisões rápidas e intuitivas, muitas vezes baseadas em emoções, o que pode levar a erros cognitivos. Logo, a coleta de informações é uma ferramenta poderosa para mitigar essas falhas inerentes ao processo decisório. Ao reunir os fatos, é útil imaginarmos que estamos coletando informações para outra pessoa. A psicóloga Ellen Langer, em seu livro “Mindfulness”, explora a importância de se distanciar emocionalmente de uma situação para uma análise mais imparcial e os malefícios dos comportamentos automatizados. Essa técnica não apenas reduz a influência de emoções momentâneas, mas também permite uma avaliação mais clara das evidências disponíveis. Podemos comparar esse processo a um advogado que prepara a defesa do outro lado do caso. Essa abordagem, conhecida como “pensamento adversarial”, é descrita por David McAdams em “A Arte da Estratégia” como uma maneira eficaz de explorar diferentes perspectivas e enfrentar de maneira proativa fatos que podem contradizer nossos desejos iniciais. Incorporar perguntas reflexivas, como “O que está me preocupando?” e “O que posso fazer a respeito?”, promovem clareza de pensamento, mas também direcionam a mente para a busca de soluções práticas. É fundamental compreender que a constante dúvida pode gerar uma ansiedade paralisante, por isso, após feita a análise, é imprescindível agir de forma decidida, reduzindo o surgimento de uma nova dúvida e insegurança.
Sendo assim, a habilidade de analisar e aliviar preocupações é uma ferramenta valiosa para enfrentar os desafios da vida. Ao adotar essa prática, podemos cultivar uma mentalidade que nos permite tomar decisões mais informadas, aliviando o peso das preocupações diárias e eliminando até 90% das preocupações ao seguir os quatro passos: identificar a preocupação, definir a ação, tomar a decisão e iniciar a implementação. Logo, podemos trilhar o caminho da clareza e ação, construindo um presente mais consciente e um futuro mais promissor, em meio a tantos desafios e decisões diárias.
Leia outras colunas da Hag Schultz aqui.
❤️😌
🌿🍀😌