Há pouco mais de 2 anos, Isabela contratou um processo de desenvolvimento com o intuito de estimular o autoconhecimento, melhorar sua comunicação e ter relações mais saudáveis. No mês passado, a empresa onde trabalha investiu no desenvolvimento de habilidades sociais dos seus colaboradores, permitindo que Isabela experimentasse novamente esse processo. Num determinado momento, ela procurou as respostas que havia guardado do último processo e se surpreendeu ao se deparar com as informações que ali continham. Boa parte de seus pensamentos, conceitos e comportamento haviam se modificado de alguma forma que Isabela passou a investigar o que poderia ter colaborado para tantas mudanças.
Todos temos personalidade. Ela é formada por características genéticas, experiências que vivenciamos ao longo da vida e pelo ambiente em que vivemos, ou seja, somos seres biopsicossociais. Então, podemos mudar? A resposta é sim. Devido a neuroplasticidade – que é a capacidade de adaptação e aprendizado do nosso cérebro – vivemos em constante transformação. Uma das maneiras mais eficazes de promover mudança no comportamento é mudando de ambiente. Já diria Rosseau: o homem é o produto do meio. Impactos emocionais também promovem modificações e você pode ter vivenciado alguma situação, como a perda de um familiar, uma frustração amorosa e até mesmo a pandemia do Covid, que contribuem para alteração de comportamento e da maneira como enxergamos a vida. O mais importante é compreender que uma mudança efetiva é aquela consciente, quando há um desejo genuíno de promovê-la. Nesse ponto, é relevante considerar dois aspectos que despertam a motivação: a necessidade ou a busca por um resultado.
Sendo assim, ainda que permaneçamos no mesmo ambiente por anos, sem vivenciar nenhum impacto emocional considerável e não encontramos motivação para mudança consciente, é possível que haja mudança a partir do conhecimento que adquirimos. A cada um de nós cabe se desafiar diariamente, buscando novas estratégias de desenvolvimento para que as mudanças sejam positivas e colaborem com uma constante evolução. O que você tem feito para mudar?
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