Pular para o conteúdo

HojePR

Uma ferramenta para tomar melhores decisões em 2024

28/12/2023

Imagine-se, por um momento, diante de seu próprio armário, observando uma jaqueta há muito tempo esquecida. Adquirida há uma década, a peça mal viu a luz do dia, mas permanece ali, uma relíquia de escolhas passadas. Quando indagado por alguém que convive com você sobre a razão dessa jaqueta não ser descartada, surge a resposta: “Não posso simplesmente me desfazer dela, paguei um preço considerável.” Eis aí a magia contraditória que se desenrola em nossas mentes, onde o valor de algo que em certo momento custou caro, torna-se uma corrente invisível, nos ligando a decisões passadas que podem gerar um enorme peso em nossas vidas. Os psicólogos chamam esse fenômeno de “custos não recuperáveis”. É uma batalha interna entre o desejo de abandonar uma ação sem frutos e a necessidade compulsiva de justificar o investimento que já foi feito.

 

Para que no próximo ano, possamos nos libertar de situação que nos causam sofrimento e que podem gerar custos irreparáveis a longo prazo, temos uma lista de perguntas relevantes que garantem uma reflexão profundo sobre determinado assunto e farão com que 2024 comece com novas atitudes e mais discernimento ao tomar decisões para nossas vidas. Examine as perguntas a seguir e escreva suas respostas a cada uma:

 

1) Quais são os custos e benefícios de continuar na situação atual?

 

2) Quais são os custos e benefícios no longo prazo de continuar na situação atual?

 

3) Se estivesse decidindo novamente se faz aquela compra, ou se entra naquele relacionamento, você tomaria a mesma decisão? Por que?

 

4) Se perdesse a situação atual, você sairia e faria o mesmo novamente? Por que?

 

5) Você está sacrificando outras oportunidades, desistindo da possibilidade de outros relacionamentos, ou trabalho, ou estudos, apegando-se algo que não está levando a lugar algum?

 

6) Qual é o custo de oportunidade do seu compromisso com a decisão passada?

 

7) É possível que os benefícios de sua escolha tenham diminuído com o tempo enquanto os custos aumentaram?

 

8) Com as novas informações que tem agora, a situação atual é aquilo que você esperava?

 

9) Você está tentando provar que está certo, mesmo que isso o mantenha comprometido com a decisão errada?

 

10) É mais importante estar certo do que feliz?

 

11) Se você estivesse observando outra pessoa na mesma situação, recomendaria que ela continuasse ou que abandonasse a situação?

 

12) Você admira um bom tomador de decisões que abandonou um mau investimento?

 

13) Você está superestimando a importância do desconforto no curto prazo, ao desistir do custo não recuperável?

 

14) É possível que o desconforto inicial dê lugar ao alívio?

 

15) Você já desistiu de custos não recuperáveis no passado? Se sim, está feliz por ter saído enquanto era tempo? Alguma coisa positiva aconteceu por ter desistido?

 

Diante do que foi exposto, desapegar de algo pode ser mais que liberar espaço físico ou de tempo, mas também desatar nós em nossa psique. Reconhecer os custos não recuperáveis é um passo corajoso para a liberdade emocional. Às vezes, deixar ir é mais valioso que qualquer preço pago no passado. Em cada desapego, escrevemos um novo capítulo em nossa história, abrindo espaço para um futuro mais leve e pleno.

 

Leia outras colunas da Hag Schultz aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *