Já dizia Steve Jobs, “concentre-se naquilo que você é bom, delegue todo o resto”. Esta frase é magistral e revela sobretudo uma verdade que precisa ser melhor compreendida: a capacidade e inteligência de um líder pode ser medida através das pessoas que ele escolhe acompanhá-lo. Um bom líder, sabe que ao eleger pessoas que possuem uma habilidade que não tem, consegue obter grandes progressos. A receita é simples: identificar tendências e criar oportunidades, para então, contratar pessoas talentosas, criativas, eficientes e que detenham o conhecimento necessário para elevá-lo ao topo.
O livro “O Príncipe” de Maquiavel, traz uma perspectiva ainda mais próxima da atual realidade e alerta para que líderes não fiquem à sombra dos liderados e certifiquem-se de manter os créditos pelas ideias e criações que estão sob sua tutela. Uma visão que pode parecer injusta, mas, ao mesmo tempo, explica que esta é uma regra incontestável, assumimos o crédito do trabalho dos que estão abaixo de nós e damos o crédito de nosso trabalho aos que estão acima. Em contrapartida, a obra também revela que a essência do poder é se manter no controle, mas que como qualquer ser humano, um líder não possui o dom da onipresença, logo, cansaço, ansiedade e frustração podem conduzi-lo a decisões impulsivas e prejudiciais. Para ser um grande líder então, a estratégia é dividir a equipe em pequenos times que possam se tornar independentes, rápidos, fáceis de monitorar e motivar.
Em virtude dos fatos mencionados, cercar-se de pessoas corajosas e confiantes que dispõem de habilidades que nos faltam, fazendo com que sintam que têm autonomia sobre as tarefas e decisões, pode colaborar com a criação de novas ideias e práticas, gerando riqueza e poder para nós e para elas mesmas. Desta forma, pode-se dizer que, a chave para o poder e a liderança são os relacionamentos. Saber delegar e trabalhar com os outros, compreendendo a motivação de cada um, potencializa o progresso, poder e prestígio. É uma arte onde eles são membros da orquestra e você é o maestro.
Leia outras colunas da Hag Schultz aqui.
