Muitas e muitas empresas nascem dentro de uma família.

É normal quando o pai começa um negócio ele colocar seus filhos e seus familiares em funções como financeiro, comercial ou mesmo para ajudar no comercial.

Já me deparei com várias empresas com familiares trabalhando, algumas empresas novas e outras mais antigas, com mais de vinte anos.

Se eu acho errado utilizar a mão de obra familiar para construir uma empresa? Não, eu não acho errado utilizar mão de obra da família para construir uma empresa.

Eu acho errado, dentro de uma empresa, tratar a família como família e não como profissionais.

Quando falamos de uma empresa temos que entender que empresa, segundo o dicionário, é “uma organização econômica, civil ou comercial, constituída para explorar um ramo de negócio e oferecer ao mercado bens e/ou serviços.”

Perceba que ao “oferecer ao mercado bens e/ou serviços” entendemos que a empresa nasce para entregar ao seu cliente o que foi por ele adquirido. Se aqui estamos falando em atender a alguém temos também que entender que para que isso funcione precisamos ter responsabilidade em trabalhar de forma correta.

Como trabalhar de forma correta?

Cada um terá a sua responsabilidade dentro do negócio, independentemente da posição que ocupa dentro da família, por exemplo, a mãe dentro da empresa, pode se reportar ao filho.

Como é simples quando explicamos, mas como é difícil quando colocamos em prática. Quem já viveu a experiência de ter uma empresa com a família sabe do que estou falando.

Sempre tem aquele familiar que pelo fato de ser da família acha que não precisa fazer exatamente aquilo que está sendo solicitado, porque entende que ao estar ali servindo sua família não precisa se esforçar. Tem também aquele outro membro que como perdeu o emprego pode ser aproveitado na empresa da família, mas também acredita que pode fazer tudo do seu jeito e acha que está sempre sendo injustiçado e mau remunerado.

Mas para felicidade do dono da empresa, também tem aquele que entende que o negócio da família é importante e deve se dedicar para que o negócio prospere.

Eis então o grande desafio do empresário, formar um time com seus familiares.

A formação de time, o entendimento da importância do negócio, a divisão de tarefas, a profissionalização do negócio, tudo depende da pessoa que irá liderar essa empresa e devo dizer que nem sempre aquele que abre o negócio é o que se destaca como líder.

O empreendedor não necessariamente é aquele que sabe fazer, muitas vezes o empreendedor é aquele que sabe vender. Perceba cada um tem seu papel dentro do negócio.

Feliz é aquele que sabe fazer e sabe vender, mas normalmente esse não sabe cuidar do negócio e precisa de alguém para controlar suas contas e cuidar da sua empresa.

Perceba, mesmo uma empresa pequena precisa de pessoas para desempenhar os diferentes papéis dentro do negócio. Quanto mais essa empresa cresce mais essa necessidade cresce com ela e quanto mais esse negócio cresce mais precisa estar organizado e quanto mais organizada a empresa, mais ela cresce.

Quanto mais a empresa cresce mais precisa se profissionalizar.

O que é profissionalizar um negócio? É ter claros sua missão, visão e valores, é ter um plano de ação, ter um organograma funcional com times definidos de marketing, vendas e controladoria, ter um sistema de gestão, ter processos definidos, ter orçamento, ter controle do fluxo financeiro, ter profissionais capacitados e muito importante ter um plano sucessório.

A empresa nasce, cresce e se profissionaliza, importante é sempre se organizar.