Primeiro vamos falar um pouco sobre o que é uma startup. Startup é uma empresa jovem, que está começando e que tem foco em crescer. Normalmente essas empresas tem base em tecnologia e buscam sempre por produtos e/ou serviços inovadores.
Como são novas, essas empresas muitas vezes dependem de investidores como anjos para financiar sua abertura e seu crescimento.
Como toda empresa nova, elas também começam com equipes pequenas e multifuncionais, ou seja, seus colaboradores precisam fazer de tudo para fazer com que a empresa consiga alcançar seus objetivos.
Vou salientar duas grandes diferenças da startup e de uma pequena empresa, primeiro é a pressa em crescer da startup e a segunda é a dos colaboradores, enquanto a pequena empresa emprega membros da família, uma startup forma equipes, com pessoas vindas do mercado.
Por isso o RH (Recursos Humanos) uma grande importância dentro das startups: recrutar talentos com habilidades diversificadas, com grande poder de adaptação e alto grau de comprometimento.
Adaptação é um dos desafios do RH. Contratar talentos adaptáveis, desenvolver líderes comprometidos com o crescimento da empresa é muito difícil.
Leis trabalhistas? Outro desafio! “Desvio de função”, em um ambiente multifuncional. Tudo isso é desafiador.
Mas como fazer com que os colaboradores entendam tudo isso durante o processo seletivo?
O segredo está na cultura organizacional.
Normalmente a cultura é definida no início da startup. Pela natureza do negócio a cultura tem que ser flexível e focada em colaboração e agilidade. Vários modelos podem ser adequados e adaptados às startups, isso vai depender da visão, dos valores e do propósito do negócio, que está diretamente ligado ao estilo da gestão da empresa.
No mercado encontramos alguns modelos de cultura organizacional adaptadas às startups:
1. Cultura com foco em inovação – é a que valoriza a criatividade, a inovação. É que toma ação com riscos, é a baseada em tentativas, erros e acertos. É onde se aprende com os erros.
2. Cultura da autonomia – é aquela que valoriza a proatividade, a do não espere que alguém te mande fazer, a do faça e veja o que acontece. Valoriza novas ideias e a tomada de decisão.
3. Cultura da colaboração – é a cultura que valoriza o trabalho em equipe, a troca de ideias. Ninguém é o dono da verdade, todos estão juntos para crescer.
4. Cultura do aprendizado contínuo – todos são motivados e incentivados a adquirir novos conhecimentos e novas habilidades. Em tempos de tecnologia é importante que todos colaborem estejam antenado às novas tecnologias.
5. Cultura da adaptação – valoriza a flexibilidade, a agilidade nas respostas e na ajuda para mudar e se adaptar, porque como nova a empresa precisa aproveitar as oportunidades para crescer.
6. Cultura de empreendedorismo – os colaboradores devem se sentir capazes de assumir responsabilidades, buscar crescimento, agir como donos, abraçando a ideia e se unindo aos donos para crescer.
7. Cultura orientada para resultados – metas, resultados, prestação de contas, olhar estratégico para o resultado.
Não existe gestão de pessoas sem uma cultura organizacional. Não existe startup sem cultura.
Não há um modelo ideal, mas a empresa precisa ter colaboradores em linha com sua cultura e o RH precisa garantir que os colaboradores sejam os mais adequados desde o recrutamento, garantindo assim um time comprometido que trabalhe pelo crescimento e o sucesso da empresa.
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