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KARLA-CABECA-COLUNA

Mercado de trabalho: pressão, pressão, pressão

30/04/2025

Pressão por produtividade, pressão por cumprir metas, pressão por resultados, todas essas pressões tem levado a um aumento nos casos de burnout.

Foi-se o tempo em que ao deixar a mesa de trabalho deixava-se para trás o stress do dia a dia. Hoje com o home office, com aplicativos de bate papo, com a nova cultura do estar sempre disponível a maioria está experimentando o esgotamento emocional.

Nunca se falou tanto em saúde mental, nunca se registrou tantos casos de depressão e nunca o bem estar esteve tão em voga.

Hoje com as redes sociais mais gente está compartilhando suas experiencias exaustivas no trabalho, dando assim mais visibilidade a um problema que antes era enfrentado, mas não era tão visível.

A nova lei de saúde mental no Brasil, a Lei 14.194/2021, foi sancionada para promover a saúde mental e prevenir problemas mentais no ambiente de trabalho. Essa lei busca garantir que os colaboradores tenham suporte dentro das empresas para cuidar e prevenir problemas de saúde mental.

O que as empresas precisam fazer? Desenvolver programas de prevenção e capacitação, trazendo treinamentos relacionados a saúde mental e principalmente, promovendo discussões sobre o tema, além de proporcionar um ambiente saudável. Algumas empresas já contam com psicólogos algumas vezes por semana para dar apoio aos funcionários.

A missão é do departamento ou do gestor responsável pelo RH. O primeiro passo é avaliar o bem-estar mental dos funcionários, levantando a percepção dos colaboradores quanto as condições de trabalho. Algumas empresas usam pesquisas anônimas para a ajudar a levantar essas informações.

Indicadores de desempenho também são excelentes para trazer respostas, medindo como por exemplo a taxa de absenteísmo, que nada mais é que as faltas aliadas a licenças médicas – sejam elas por saúde mental ou qualquer outro tipo de doença recorrente que provoca o afastamento do colaborador. Outro índice importante é o de turnover, que mostra o número de pedido de demissão e a rotatividade de funcionários.

Mas como identificar se algum colaborador pode estar com burnout?

Muitos associam o burnout a crises de ansiedade, mas engana-se. Funcionário muito cansado, sem energia, perda de produtividade, problemas de concentração, irritabilidade e mudanças de humor, que discute com colegas ou simplesmente se isola. Esses são alguns sintomas que podem ser observados por colegas e que podem ser descobertos em ações que envolvam feedback e diálogo.

E como promover um ambiente de trabalho saudável? Horários flexíveis, ao menos um dia da semana, possibilidade de trabalho remoto, ter um psicólogo disponível na empresa, investir em treinamentos que tragam questões de saúde mental e gestão de estresse, espaços colaborativos e um programa de gerenciamento de tarefas, onde os líderes devem tomar cuidado para evitar sobrecarga de trabalho. Essas são estratégias que podem ajudar a criar um ambiente saudável.

As empresas precisam se adaptar.

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