No corporativo existe um jargão que fala “o indispensável é impromovível”.
Sabe aquela função que só você sabe fazer? Ensine alguém!
Sim, ensine alguém. Não venha me dizer que você levou anos para aprender e que sofreu para aprender sozinho ou ainda que a pessoa que se vire.
Não seja bobo, se você quer crescer, ensine.
O mundo corporativo tem o que chamamos de organograma funcional que é um desenho de como a empresa está organizada, quem é quem dentro da hierarquia empresarial.
Posições claras que definem funções, obrigações, responsabilidades de cada um dentro da empresa.
Uma frase muito comum no mundo corporativo é: “quando a tarefa é de todos, ela não é de ninguém.
Ao se construir um organograma funcional a empresa deixa claro para seu colaborador para quem ele deve se reportar, assim como ele pode entender como ele pode crescer dentro da empresa.
Para crescer é importante preparar uma pessoa para ficar no seu lugar.
As funções e responsabilidades devem ser medidas pelo nível de supervisão que a posição exige, quanto maior o cargo menor a supervisão.
Por exemplo, um estagiário precisa de muita supervisão, porque a função não exige experiência, ele está na empresa para aprender. Logo, tudo que o estagiário executa deve ser conferido.
A partir do momento que o estagiário vai aprendendo ele pode se tornar um assistente. Como assistente o colaborador já precisa ter conhecimentos básicos na função que vai exercer, apesar que o nível de supervisão que vai receber ainda é alta.
Após a função de assistente o colaborador torna-se um analista. O analista tem três níveis júnior, pleno e sênior. Nessa função o colaborador já está apto à função de análise e conforme o nível precisa de uma supervisão limitada, média ou baixa, respectivamente.
Nessa estrutura que citei acima é importante dizer que espera-se que as funções de maior responsabilidade são responsáveis pelos de maior supervisão, ou seja, um analista sênior já tem capacidade de supervisionar o analista júnior ou o estagiário, dessa maneira é que se prepara o analista sênior para assumir um cargo de coordenação.
Veja que forma inteligente de crescer dentro do mundo corporativo. Um profissional orienta e ensina o outro. Perceba que é uma via de duas mãos, o que aprende a função ensina o colega como ele deve supervisionar as suas tarefas, garantindo assim que os dois se desenvolvam.
Esse é um exemplo de uma estrutura administrativa, mas as funções se diferem em toda a empresa seja ela uma empresa de serviços ou produtos, no setor administrativo ou no de produção.
O negócio é: prepare alguém para ficar no seu lugar.
Treine suas aptidões, aprenda a ensinar e a delegar, essa é a forma correta de se preparar para gerir uma equipe.
O funcionário que detém todo o conhecimento do que faz dificilmente é considerado para outra função, porque afinal de contas ninguém sabe fazer o que ele faz. Isso é um tiro no pé porque acaba não aprendendo novas funções e sinceramente acaba sendo antiético, pois a falta de interesse em ensinar outras pessoas torna a empresa refém de seu conhecimento limitado.
Os dois perdem, a empresa perde e o colaborador perde de crescer.
Organograma, cargos, funções, processos, metas e objetivos são itens importantes do planejamento estratégico aliado à gestão de pessoas dentro de uma organização. Essas ferramentas visam o crescimento da empresa e o desenvolvimento de seus colaboradores.
Para uma empresa crescer ela precisa de processos e pessoas. Processos bem definidos e pessoas certas nos lugares certos.
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