Você já ouviu falar em síndrome de Burnout? É a síndrome do esgotamento profissional, é o cansaço exaustivo extremo, o estresse físico e mental causado pelo trabalho excessivo, desgastante, que demandam pressão e muita responsabilidade.
O Burnout ao contrário do que muitos pensam não se trata de “frescura” ela pode ser o estopim para doenças como a depressão profunda e síndromes como a do pânico, que é quando a pessoa não consegue sair de casa.
O Ministério da Saúde reconhece a síndrome como doença e já indica alguns dos sintomas como: fadiga, dores de cabeça frequentes, falta de apetite, irritabilidade constante, alterações de humor, dores no corpo, insônia, sentimento de derrota e desesperança, dentre outros.
Essa síndrome tem origem em diversos fatores que agrupados deixam a pessoa doente. Muitos desses focos são reflexo do ambiente de trabalho como problemas com a chefia, medo de perder o emprego e acúmulo de funções. O ambiente de trabalho competitivo e desonesto também podem provocar essa síndrome.
Quando aliados a problemas familiares, como perdas e brigas a síndrome pode ser facilmente desencadeada.
O interessante é que o mercado começa a reagir, e o mais interessante é que isso está acontecendo através de seus descendentes. A geração dos filhos vítimas da depressão, chega ao mercado.
Só que a nova geração não admite passar pelo mesmo que seus pais passaram e sendo assim buscam o equilíbrio profissional versus pessoal.
Resultado disso é que hoje começamos a ver que poucos são os funcionários fieis à empresa, o que vemos agora são funcionários “passageiros” que chegam na empresa para aprender e vão embora.
Você já ouviu falar do termo “Quiet Quitting”? Esse termo significa “desistência silenciosa”, ele surgiu no TikTok e é o que está sendo usado para definir o novo profissional que busca por um ambiente de trabalho mais saudável.
Quiet Quitting se refere a essa mudança de comportamento, onde as pessoas devem cumprir somente aquilo para que foram contratadas.
Um tapa nas startups que recém instituíram o lema “trabalhe enquanto eles dormem” e que vem rapidamente perdendo espaço para qualidade de vida.
A nova geração está chegando sim para mudar o mercado de trabalho! E as empresas precisam se preparar.
Essa nova leva de profissionais não são mais fieis a empresa, independentemente do salário. O que eles querem? Eles buscam satisfação pessoal, flexibilidade, gostam da ideia do trabalho remoto, buscam propósito e crescimento pessoal mais do que profissional.
As empresas precisam investir no fator humano. A empresa precisa ter um ambiente saudável e seguro. A empresa que não investir nisso não terá resultados nos próximos anos.
Certo, tudo isso é lindo, mas como colocar isso em prática?
Desenvolvimento, treinamento e capacitação.
Um bom departamento de Recursos Humanos (RH) que realmente se preocupe com os talentos humanos da empresa. Não se constrói uma cultura organizacional saudável e positiva sem boas relações de trabalho.
Invista em feedbacks construtivos para motivar a cooperação, o respeito e a empatia. Treine seus gestores na inteligência emocional.
Programas que visam o cuidado com a saúde também estão valendo. Parcerias com academias, descontos em clínicas de tratamento alternativos, naturais e de medicina integrativa. Algumas empresas já tem contratos com psicólogos que atendem seus funcionários uma vez por semana.
Não podemos esquecer do incentivo ao desenvolvimento pessoal, provoque seus funcionários a buscarem conhecimento, se possível dê uma ajuda de custo. Invista em treinamento.
Faça programas sociais, busque ideias de trabalhos voluntários, disponibilize um dia de trabalho ao voluntariado, isso traz propósitos nobres ao seu negócio.
Leia aqui outras colunas da Karla Küster.
Leia mais notícias no HojePR.