No último dia 21 de abril, o mundo parou com a morte do Papa Francisco aos 88 anos. À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, o argentino Jorge Mário Bergoglio escreveu diversas obras e abaixo destacamos três.
“Quem sou eu para julgar?” (LeYa, 224 págs., R$ 54,90) chama os leitores à prática da compreensão, o amor ao diferente, o outro, sem julgamentos.
“Esperança: A autobiografia” (Fontanar, 368 págs., R$ 45) é a primeira autobiografia de um papa. Um relato trabalhado ao longo de seis anos, que parte do início do século XX até o momento presente. A obra foi lançada no Brasil em fevereiro de 2025.
“O nome de Deus é misericórdia” (Planeta, 112 páginas, R$ 42) é considerado o primeiro livro do Papa Francisco e contém uma entrevista exclusiva do Pontífice concedida ao jornalista Andrea Tornielli. “A Igreja não está no mundo para condenar, mas para promover o encontro com aquele amor visceral que é a misericórdia de Deus”.
Memórias do cacique

A Companhia das Letras anunciou “Memórias do cacique” (296 págs., R$ 89,90) para o próximo dia 24 de junho. O livro de Raoni promete falar sobre suas convicções sobre a vida, a floresta e o mundo atual. Ele também compartilha a cultura, a cosmologia e a luta do povo Mẽtyktire-Mẽbêngôkre – também conhecidos como Kayapó e Txukarramãe. Disponível no site: [https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788535938821/memorias-do-cacique].
Quatro Negros

A Arquipélago Editorial vai lançar uma nova edição de “Quatro Negros” (95 págs., R$ 59,90), do professor e escritor Luís Augusto Fischer. A novela vencedora do Prêmio APCA terá uma nova capa e conta a trajetória de Janéti, uma jovem negra do interior do Rio Grande do Sul, nascida em uma família dilacerada pela pobreza e pelo abandono. Disponível no site: [https://www.livrariaarquipelago.com.br/quatro-negros-luis-augusto-fischer].
Ficcionário
A Risco Editora traz ao Brasil a edição integral de “Ficcionário” (128 págs., R$ 117), considerado um marco na obra do quadrinista argentino Horacio Altuna, de 83 anos. Publicado nas edições 50, 55 a 62 e 64 da revista 1984, essa história em quadrinhos escancara a visão crítica de Altuna sobre regimes ditatoriais, totalitarismo e cerceamento de liberdades. Com tradução de Érico Assis, a antologia – que também conta com “Imaginário” – será disponibilizada em formato magazine, com capa dura e disponível no link: [https://www.riscoeditora.com/pagina-de-produto/ficcionario].
Rosas de Chumbo

A escritora e professora Daniela Bonafé lança “Rosas de Chumbo” (Editora Toma Aí Um Poema, entre R$ 30 e R$ 180), um romance híbrido que dá voz às mulheres assassinadas pela ditadura militar brasileira. A partir da ficção, a autora imagina seus sonhos, desejos e lutas, reafirmando a importância da memória como ferramenta para evitar a repetição dos erros do passado. Além de ser um registro histórico, a obra busca sensibilizar novas gerações, trazendo reflexões sobre luta, resistência e o valor da liberdade. Adquira pelo link: [https://benfeitoria.com/rosasdechumbo].
Entre a vida e a morte, há vários documentos

“Entre a vida e a morte, há vários documentos” (Paraquedas, 194 págs., R$ 59,90) é o primeiro romance do mineiro Michael Maia. O livro retrata a história de um país que legaliza e controla uma nova descoberta: “a droga da morte”. O problema é que ela permite que todos tenham uma experiência fascinante instantes antes de morrer. Maia revela que a ideia surgiu em uma viagem, quando imaginou a história de duas pessoas tendo experiências individuais antes de morrer. “Eu sempre tive medo de morrer e confesso que isso até me deu mais curiosidade em criar esta história”, reflete o autor. Disponível na Amazon: [https://www.amazon.com.br/Entre-vida-morte-v%C3%A1rios-documentos/dp/6560880079/].
Do acervo: O homem que odiava a segunda-feira

“O homem que odiava a segunda-feira” (Global, 168 págs., R$ 68,90 – atualmente em 3ª edição) é um livro de contos absurdamente bem escritos. Ignácio de Loyola Brandão autografou esse exemplar – vencedor do Prêmio Jabuti de 2000 – em uma feira literária realizada em Curitiba, em 2007. Lembro que nesse evento o imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) contou uma história formidável sobre um carrossel e a caixa de bolinhas de gude que emocionou muito a maioria dos espectadores. O escritor de 88 anos é um daqueles autores brasileiros praticamente obrigatórios.
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