Comemoramos nesta data os 201 anos da Independência do Brasil e como tradicionalmente ocorre temos marcadamente ações cívicas que exaltam a relevância da nossa Pátria e retomam o momento histórico de libertação do jugo português. Nós particularmente achamos indispensável esse movimento patriótico, mas costumamos utilizar este período também para promover reflexões sobre nosso País, sempre com o foco em alcançar ações que sejam transformadoras.
Desde que o Grito do Ipiranga foi simbolicamente ouvido, nossa Nação passou por inúmeros ciclos. Fomos sendo conduzidos no tempo e no espaço até o presente momento e naturalmente que trazemos toda uma carga histórica. É muito latente, em nosso olhar, que 201 anos depois da Independência, poderíamos estar em outro patamar econômico e social, sobretudo pelas características destacadas que esta Pátria possui e que a diferencia de outras Nações. Mas o que falta para o Brasil?
Temos dito nas oportunidades que temos que é necessário um Projeto de País, acima das pessoalidades, das superficialidades ideológicas e de conjunturas momentâneas de poder. É preciso que esse planejamento estratégico da nossa Nação seja feito de modo amplo, potencializando nossas virtudes, neutralizando nossas fraquezas e congregando os esforços para que tenhamos resultados positivos para o nosso povo, sem demagogias ou populismos. O Brasil poderá ser muito maior no cenário global se virarmos algumas chaves e buscarmos a essência do movimento de independência para um projeto de Nação.
É muito triste ver o Brasil mergulhado em discussões de pautas que de forma alguma vão trazer o que os brasileiros tanto almejam. Precisamos entender que cabe ao individual muitas questões e que o Estado, formado pelos Três Poderes, precisa saber exercer suas atribuições interferindo minimamente na individualidade e na liberdade das pessoas. O esforço precisa ser para aquilo que acreditamos caber ao Estado, que pode (e deve) ser mínimo, mas eficaz.
Qual a prioridade do Judiciário Brasileiro? Para que tem existido? E da mesma forma: qual a prioridade do Legislativo e do Executivo e para quem têm existido? As pautas atuais em evidência vão nos levar para qual destino? São perguntas que precisam ser destacadas e as respostas precisam de atenção. De modo algum a crítica é pessoal ou partidária. Poderíamos fazer os mesmos questionamentos em qualquer um dos momentos históricos dos últimos anos. Precisamos de Independência desta política rasa, prostituída e viciada. Repetimos: precisamos de um Projeto de País, de verdade, estratégico, técnico, amplo.
Então, caro (a) leitor (a), aproveitemos o clima desta Semana da Pátria para nos inserirmos nestas reflexões e buscarmos o protagonismo que possa fazer o Brasil ir além. Evitemos viver de passado, paralisados, enquanto nossa Sociedade adoece cada vez mais e os espaços são ocupados pelos descompromissados com uma Nação de fato livre, independente, próspera, soberana e desenvolvida em todas as áreas e frentes. Há lideranças surgindo, há uma nova política com potencial de prosperar, mas precisamos mudarmos a nós mesmos enquanto cidadãos brasileiros, para que sejamos nós solos férteis para a semente do progresso que novos líderes podem plantar.
Você aceita ser parte da construção de um Projeto de País? Essa será a nossa Independência definitiva!
Leia outras colunas do Luís Mário Luchetta aqui.
10 Comentários
Muito oportuna sua reflexão!
Parabéns pela excelente reflexão!!
Infelizmente no atual momento, estamos distante de verdadeiramente elaborarmos um projeto de país que nos leve a um futuro promissor e muito mais longe ainda de começarmos essa caminhada!
De qualquer forma temos um enorme compromisso com as futuras gerações e precisamos continuar acreditando que encontraremos uma saída adequada na encruzilhada que estamos.
Muito boas as considerações. Na já longa vida presenciei muitos momentos da nossa vida nacional desde a deposição de G. Vargas, quando havia uma população pequena num território imenso. Hoje somos mais de 200 milhões. Território ainda pouco aproveitado. Há regiões desta terra que se assemelham politicamente como “condados” hereditários. Isso é altamente danoso aos Legislativos que há no País (manutenção de mesmas famílias, mesmas idéias e interesses). Há poderosos que têm interesse
O autor nos convoca a ouvir o verdadeiro grito de independência da dependência da escravidão política e parcialidades governamentais.
Excelente Irmão Luchetta.
Excelente reflexão, não sabemos ainda o caminho a ser seguido é urgente se faz questionarmos e discutirmos um modelo mais eficiente de estado e da política, inclusivo sistema federativo. Só temos a certeza de que esse modelo atual estabelecido não nos serve de forma nenhuma.
Infelizmente não vejo uma nova política com potencial de prosperar.
Qual seria ela?
Muito boa a reflexão sugerida. O momento é propício. Tenho me perguntado ante os últimos acontecimentos : onde erramos?
Não podemos continuar nesta trilha que os três poderes estão caminhando. Isto vai nos levar a lugar algum e, nem a coisas boas. Que o nosso povo acorde deste pesadelo que estamos todos enfiados. Parabéns Luis Mário.
Concordo em 100%. Precisamos exigir que cada um faça a sua parte e nos libertarmos da cultura do comodismo. Ação e seriedade são os remédios para essa libertação.
De acordo! A Independência é um processo que precisa de ação! Fundamental nossa participação, lúcida, fundamentada e com princípios, valores e sim um projeto? de Nação!
Realmente cada vez mais complicado. Essa miscelânea não faz bem. Tem que haver limites.