Um País que deseja crescer e se consolidar jamais poderia ficar suscetível a oscilações boçais de quem quer que seja, independente de cor partidária ou favoritismos ideológicos toscos. O veto integral do presidente da República à prorrogação da desoneração da folha no final de novembro demonstra-se, nesse contexto, uma dessas oscilações inadmissíveis, um equívoco gigantesco, cujos reflexos serão drásticos para o setor produtivo, incluindo, naturalmente, o estratégico segmento de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), ao qual estamos profundamente ligados.
É fundamental reforçarmos um entendimento que muitas vezes temos trazido em nossos posicionamentos: o Estado é improdutivo. Destacamos isso, pois, quando o Estado – que nada produz – destrói medidas que potencializam o setor privado (este sim, produtivo), temos uma gravidade que merece atenção de todos e, na mesma medida, a indignação de todos que desejam viver em uma Nação melhor, com mais oportunidades, melhor qualidade de vida e progresso efetivo. É um movimento na contramão do bom-senso e dos interesses do povo brasileiro.
A desoneração da folha significa claramente para o Brasil uma política efetiva de preservação e geração de empregos com aumento de arrecadação. O reflexo positivo também se percebe na redução da informalidade e no aumento da competitividade. Para se ter uma ideia da grandeza, dados da Brasscom apontam que 8,93 milhões de empregos nos 17 setores impactados representam 17,1% do total de empregos formais do Brasil. Vale dizer ainda que os setores incluídos na desoneração possuem duas características vitais: intensivos em mão de obra e capacidade exportadora. Estudos da Brasscom sinalizam ainda que 676.553 empregos deixariam de ser gerados caso não houvesse a desoneração da folha, significando uma perda de R$ 45,7 bilhões de arrecadação para a Previdência Social.
Desta forma, temos segurança em dizer que o veto coloca em real risco a sobrevivência e o crescimento de empresas, lembrando que estamos inseridos na competitividade global e que há nações arrojadas nas políticas favoráveis ao empreendedorismo, a geração de riquezas e de oportunidades. Por isso, somamos nossa voz com a de dezenas de entidades do setor produtivo que estão buscando a derrubada do veto, em todos os espaços e contextos possíveis. Entendemos que é fundamental essa mobilização para que nosso País, justamente num momento tão desafiador e crucial, fique distante deste grande golpe ao desenvolvimento.
Conclamamos ao Congresso Nacional compromisso com o Brasil, traduzindo-se numa firme e clara manifestação favorável ao emprego, ao desenvolvimento, ao progresso.
Nos utilizamos deste espaço, mais uma vez, para trazer a urgência da construção de um projeto de País. Enquanto seguirmos nas pessoalidades e pequenezas ideológicas ultrapassadas, continuaremos sabotando a felicidade dos brasileiros e a capacidade dessa grandiosa Nação de ser efetiva protagonista mundial.
É urgente uma virada de chave estratégica e a derrubada do veto a desoneração da folha comprova isso, mais uma vez.
Congressistas: que o compromisso com o Brasil prospere!
Leia outras colunas do Luís Mário Luchetta aqui.
9 Comentários
O governo deveria ter maior responsabilidade com os empregos de nosso povo. Medidas que só visam a arrecadação são irresponsáveis e não possuem qualquer responsabilidade social.
O Brasil somente vai conseguir crescer se houver redução da carga tributária. Simples assim.
Seguimos pedindo o básico ao Estado brasileiro, para manter um ambiente de negócios, no qual tenhamos alguma razoável sustentabilidade: Não atrapalhe. Menos iniciativa intervencionista. Mais pudor com a legislação consolidada e com o pacto de previsibilidade. O mercado jamais será prisioneiro de alguém ou de um dogma. Ele tem pernas.
A derrubada do veto é imprescindível
Acredito piamente que o Veto será derrubado, é prioridade manter e gerar novos empregos, o lado prático do mercado com mais recursos, consequentemente mais consumo e mais geração de tributos. É disso que precisamos!
Acreditamos piamente que o Veto em referência será derrubado. É por demais importante manter e gerar mais empregos. Assim haverá mais consumo e resultando mais arrecadação de tributos. É disso que precisamos!
Esse projeto de desonerar a folha é muito bom ate para obrigar os governos se adapaterem a trabalhar sem esse recurso e como experiencia para ver se realmente vai gearar mais empregos e tambem dar um up na economia ou os empresarios vao querer somente oumentar seus lucros e nao reenvestirem nas suas empresas.
Meu valoroso Irmão
Desejo Sucesso para este canal de notícias.
A derrubada do veto é imprescindível para a manutenção e ampliação das vagas de trabalho. Que “Governo” é esse que se diz social e trabalha contra o trabalhador?