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12/05/2024

Diplomacia gastronômica em Buenos Aires

O que os melhores restaurantes de Buenos Aires têm em comum? Todos estão lotados. Mas a coluna Mesa Posta publica, em primeira mão, o artigo do diplomata Hayle Gadelha que relaciona os melhores locais da capital portenha. Leia, escolha e faça sua reserva!

O diplomata brasileiro Hayle Gadelha exerceu, nos últimos dois anos, funções junto à Embaixada Brasileira em Buenos Aires. Apreciador da boa mesa e dos bons vinhos, ele foi habitué dos melhores restaurantes da cidade. A partir destas experiências, Gadelha criou um ranking, tendo como base o Guia Michelin e o World’s 50 Best.

A coluna Mesa Posta publica em primeira mão este material que, posteriormente, será divulgado no Brasil. Nesta lista estão os locais com as melhores carnes, comida asiática, cozinha molecular (sem afetação), comida saudável, sobremesas e locais para brunch e coquetéis.

 

Dois anos bem passados com entrañas mal passadas

Nos últimos dois anos, vivi em Buenos Aires, a melhor cidade para morar na América Latina segundo a revista The Economist (The Economist, 2023), com a qual concordo plenamente. Mesmo em tempos de grave crise macroeconômica, a capital argentina sobressai por seu urbanismo, paisagismo, qualidade de vida, oferta cultural e gastronômica. E como constatou uma massa de turistas, um quarto dos quais brasileiros, os tempos recentes foram de comida excelente e acessível, se considerados os preços internacionais (à custa da perda de valor do peso). A inflação galopante conviveu com um boom de restaurantes e bares. No ano passado, o guia Michelin avaliou, pela primeira vez, a cena culinária argentina e premiou ou recomendou 52 restaurantes portenhos (Michelin, 2023). Já na lista World’s 50 Best Latin America (50 Best, 2023), Buenos Aires e Lima são as cidades do continente com mais estabelecimentos reconhecidos, oito em cada uma.

Para além da alta cozinha, Buenos Aires é lugar de comida boa. Como bem mostra a série Nada (Star+), em que Luis Brandoni interpreta um crítico gastronômico – os portenhos têm uma relação intensa com a comida – cada um defende apaixonadamente os seus choripán, medialuna e milanesa favoritos. No churrasco, há um consenso: o melhor é sempre o feito na própria casa. Não me aventurei a assar carne no meu período de Argentina, mas acrescentaria às listas dos guias alguns restaurantes mais caseiros, como o Sarkis, clássico armênio popular, e La Locanda, cantina familiar que não falha.

Se bem a cidade é cosmopolita em suas propostas gastronômicas, as cozinhas mais consolidadas neste lado do Prata são a italiana – ainda que, por alguma razão, o que aqui chamam de pizza nada tem a ver com o que se come na Itália ou em São Paulo –, e, claro, a parrilla. Nesta seara, sou dos que acreditam que não há concorrência para a Argentina. Também me somo ao consenso de meus compatriotas em torno do Don Julio, meu lugar favorito na cidade. É verdade que se pode encontrar carne igualmente boa em outras churrascarias, como Corte Comedor, Elena ou a recém-fechada parrilla de barrio Don Jorge. Mas a qualidade imbatível do serviço, dos acompanhamentos (provoleta de cabra!), vegetais da estação (tomate relíquia, zapallo, cebola branca, carpaccio de beterraba), sobremesas (helado de zabayón, figo com queijo) e carta de vinhos (provavelmente a melhor do país) justifica a aglomeração diária na esquina da Guatemala com a Gurruchaga, onde dezenas de pessoas brindam com taças de espumante oferecidas pela casa (o marketing também é impecável). Minhas visitas regulares atestam, sobretudo, a consistência do Don Julio.

Mas nem só de molleja e entraña, vive-se na Argentina. Entre os restaurantes mais interessantes que conheci, está o Gran Dabbang, que mescla a cozinha asiática, especialmente indiana, e árabe. O pequenino estabelecimento em Palermo não aceita reservas (chegando vinte minutos antes da abertura às 19h30, consegue-se lugar) e aposta em uma decoração simples e um cardápio reduzido – os sabores, espetaculares, são as estrelas. Aliás, foi uma surpresa que não tenha recebido qualquer menção do guia Michelin.

Já o Anchoíta serve de tudo, com ingredientes frescos e nem sempre fáceis de encontrar. Escondido em um antigo galpão industrial em Chacarita lindamente reformado, seu visual impressiona. O bar e a queijaria são dos melhores de Buenos Aires. O difícil – ou virtualmente impossível – é conseguir reserva. O segredo é deixar anotado o número de telefone, esperar ser chamado enquanto bebe vinho em algum bodegón na esquina e esquecer que já passou mais de uma hora quando vagar sua mesa.

Também situado em uma antiga fábrica na chamada Palermo Hollywood, o Mercado de Liniers é menos conhecido – mas, como acontece em quase todas as casas portenhas, é recomendável reservar pelo menos dez dias antes. Com certa influência da cozinha molecular, mas sem afetação, as criações originalíssimas do chef Dante Liporace, que trabalhou com Ferran Adriá no lendário El Bulli, são muito bem executadas. A descrição de cada prato não dá nem pista do que será servido. Boas surpresas.

O Narda Comedor, em Belgrano, é uma verdadeira homenagem à gastronomia. Suas paredes brancas deixam claro que os pratos são os protagonistas; o ambiente descontraído é muito mais agradável de dia do que à noite. O cardápio intenso e balanceado (Narda Lepes é militante da comida saudável) inclui prediletos como o bibimbap e o flan de clara com miso.

Ainda na lista dos memoráveis, estão o Niño Gordo, o asiático mais cool da cidade; a churrascaria inventiva Corte Comedor; o estrelado Trescha, com sua técnica impecável e pâtisserie de outro mundo; o simpático coreano Na Num; o despretensioso e certeiro Ácido; o Alo´s, contemporâneo rigoroso em San Isidro; o Elena, com suas carnes inmejorables dentro do hotel Four Seasons; a tradicionalíssima brasserie Fervor, com os melhores frutos do mar; o Kona, japonês descolado de Narda Lepes; o Mishiguene, israelense da moda com um pastrami extraordinário; o Anafe, mediterrâneo laid back; a Casa Cavia, uma beleza de pátio para brunch, refeições e coquetéis; e, para terminar, o Chuí, um excepcional vegetariano cercado de plantas. Afinal, o câmbio das vacas gordas, nos últimos meses, está indo para o brejo.

The Economist. (2023). Latin American cities are struggling in the liveability ranking. (11 de agosto).
Michelin. (2023). Buenos Aires. Retrieved fevereiro 26, 2024, from Michelin Guide: https://guide.michelin.com/ar/es/ciudad-autonoma-de-buenos-aires/buenosaires_7770009/restaurantes?sort=distance
50 Best. (2023). Latin America´s 50 Best Restaurants. Retrieved fevereiro 26, 2024, from The World´s 50 Best: https://www.theworlds50best.com/latinamerica/en/list/1-50

 

A partir das minhas experiências (muitas vezes de uma só visita), ordenei (e dividi entre “memoráveis”, “vale a visita” e “não deixam marcas”) as recomendações do Michelin e do World’s 50 Best.

M** – Duas estrelas Michelin

M* – Uma estrela Michelin

M* – Estrela verde Michelin

M-BG – Bibi Gourmand Michelin

M – Recomendação Michelin

W (seguido de número) – Posição na lista World’s 50 Best Latin America

# – Visual bacana

 

Memoráveis

  • Don Julio (M* M*; W-3)
  • Gran Dabbang (W-26)
  • Anchoíta (M*; W-) #
  • Mercado de Liniers (M) #
  • Narda Comedor (M)
  • Niño Gordo (M; W-43) #
  • Corte Comedor (M)
  • Trescha (M*; W-94)
  • Na Num (M)
  • Ácido (M)
  • Alo´s (W-38)
  • Elena (M; W-72)
  • Fervor (M)
  • Kona (M) #
  • Mishiguene (M; W-32)
  • Anafe (M-BG)
  • Casa Cavia (M) #
  • Chuí (M) #

 

Vale a visita

  • Reliquia (M-BG)
  • Buri Omakase (M)
  • Aramburu (M**; W50-60)
  • Uni Omakase (M)
  • 4ta Pared (M)
  • Ajo Negro- Mar de tapas (M)
  • Picarón (M)
  • Mengano (M-BG)
  • Raggio Osteria (M)
  • Restó Sca (M)
  • Franca (M)
  • Sacro (M)
  • Fogón Asado (M)
  • Julia (M; W-30)
  • Piedra Pasillo al Fondo (M)
  • La Carnicería (M)
  • A Fuego Fuerte (M)
  • La Alacena Trattoria (M-BG)
Reliquia

 

Não deixam marcas

Roux
  • Roux (M)
  • Bis Bistró (M-BG)
  • El Preferido de Palermo (M*; W-17)
  • Crizia (M*; W-41)
  • Marti*(M) #
  • Caseros Restaurante (M-BG)
  • Sál (M)
  • Basa (M)
  • Sucre (M)
  • Sottovoce (M)
  • República del Fuego (M-BG)
  • Duhau Restaurante & Vinoteca (M) #
  • Cabaña Las Lilas (M)
  • Gioia Cocina Botánica (M) #
  • Cauce (M)
  • Benedetta (M)
  • Águila Pabellón (M) #
  • 13 Fronteras (M)

Hayle Gadelha, diplomata

 

Cardápio

• Festival do Polvo em Curitiba

O Marcondes Cozinha Autoral promove no mês de abril o Festival do Polvo, com entrada, prato principal e sobremesa (R$169,90 por pessoa).

A entrada, Ceviche de Polvo, é uma releitura do clássico da cozinha peruana.

São três opções de prato principal: Polvo a Lagareiro (polvo grelhado guarnecido de purê de brócolis, alho assado, cebola tostada e batatas coradas), Polvo à moda Thay (polvo grelhado com stirfry de legumes à moda tailandesa, salteados em panela wok). E o Surf and Turf (arroz caldoso com linguiça artesanal de costela e polvo grelhado).

Encerrando a sequência, Cheesecake de pistache e frutas vermelhas.

 

> Marcondes Cozinha Autoral

  • Rua Recife, 220, Cabral
  • Segunda a sábado a partir das 18h30. Sábados, das 11h30 às 15h30
  • Reservas pelo WhatsApp (41) 3205-4982
  • Instagram @marcondesrestaurante

 

• Inscrições abertas para o Festival do Parmegiana

O filé à parmegiana é um dos pratos mais pedidos nos restaurantes de Curitiba. “Carne, molho de tomate e queijo derretido chegam quentinhos à mesa. Não tem como não gostar desta receita”, diz o organizador do evento, Sérgio Medeiros, da plataforma de gastronomia Curitiba Honesta.

Em maio de 2023 a Curitiba Honesta promoveu o primeiro Festival. Participaram 28 restaurantes que venderam milhares de pratos nas três semanas do evento. “Durante o período, metade dos pedidos nos restaurantes participantes era de parmegiana”, afirma Medeiros.

Marcada para maio de 2024, a segunda edição do Festival do Parmegiana está com inscrições abertas para bares e restaurantes.

Interessados podem entrar em contato pelo whatsapp (41) 99941-9372. Inscrições até o dia 10 de abril.

 

• Gastronomix neste fim de semana

Acontece neste sábado (6) e domingo (7), na Universidade Positivo, em Curitiba, o Gastronomix, evento de música e gastronomia do Festival de Curitiba. Serão 27 opções de pratos, adultos e infantis, que podem ser conhecidos antecipadamente pelas redes do Gastronomix (@gastronomixoficial).

Estarão nesta edição Caxiri, Babbo Osteria, Sichóu, Xapuri, Accademia Gastronômica, Asu, Tierra del Fuego, DUQ, Quintana, Kazuo, Gelataio, Roberta Schwanke Gastronomie, Damarate, Buffet Brigadeiro. São cardápios com referências asiáticas, orientais, italianas, argentinas e brasileiras.

 

> Gastronomix 2024

  • Dias 6 e 7 de abril, das 11h30 às 18h
  • UP Experience – Sala de Eventos Universidade Positivo
  • Rua Prof.Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300
  • Ingressos (a partir de 12 anos): R$ 30 e R$ 15. A entrada já pode ser comprada no site do festival de Curitiba:
  • www.festivaldecuritiba.com.br
  • Estacionamento conveniado no local
  • Os pratos terão preços entre R$15 e R$35,00
  • Conheça o cardápio: @gastronomixoficial

 

• 10 PASTÉIS lança Pastel Burguer

A maior rede de pastéis do Brasil tem no cardápio, desde o dia 1 de abril, o Pastel Burguer. A novidade permanece até o fim de maio.

Ao invés do tradicional pão, o ‘sanduíche’ é composto por dois pastéis de queijo separados por alface, molho de maionese defumada, tomate, queijo e um hambúrguer de 56gr de carne bovina.

Para este lançamento, a 10 PASTÉIS promoverá a partir de 8 de abril, a campanha Jingle Premiado que contemplará os primeiros 50 consumidores, com um Pastel Burguer. O consumidor comparece presencialmente a qualquer unidade participante da rede, canta o jingle premiado, grava a ação e publica nos stories do Instagram, mencionando a marca. Após validar a publicação do conteúdo, o cliente poderá retirar o produto no balcão.

Exclusivo para as vendas de balcão, o Pastel Burguer custa R$25,90. O combo com batata e refrigerante de 350ml custa R$34,90.

Instagram @10pasteis

 

• Novidades no restaurante O Jardineiro

A casa tem novos pratos, como a Carne de Onça, Mini Bolovo com ovo de codorna defumado, Linguiça Defumada, e Cestinha crocante de porco com mandioca assada, catupiry, limão siciliano e creme de pernil assado.

O restaurante mantém aos sábados a feijoada e aos domingos o barreado servidos a partir do meio dia.

Pizzas, pratos à la carte e variedade na coquetelaria também são algumas das opções. A programação musical acontece de quinta a domingo. Na sexta-feira, além de música ao vivo, os clientes participam do Karaokê do Xaxá.

 

> O Jardineiro

  • Av. Manoel Ribas, 227 – São Francisco, Curitiba
  • Telefone 41 3092-4419
  • Instagram @ojardineirobarerestaurante

 

• Bread King em breve no Batel

A Bread King Curitiba abrirá no dia 26 de abril, a segunda unidade no bairro Batel (a outra loja é no Jardim Social). São 150 produtos de panificação congelados com ingredientes de qualidade.

Além da linha tradicional, a Bread King Curitiba tem Pães Especiais, Pães Artesanais, Pães Light, salgados, bolos, pão de queijo artesanal e doces.

“Há quem prefira o tradicional bem crocante e com manteiga. Para a garotada tem o Pão francês mini, ótima opção para comer com molho de cachorro quente, o Pão bilha d’água para rechear com carne e a Baguete para o sanduíche em família”, disse Maria Angélica Medeiros, proprietária da Bread King Curitiba.

 

> Bread King Curitiba

  • Rua Gonçalves Dias, 763, Batel

 

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