Pular para o conteúdo
QUINTAL-CABECA

Coritiba x Athletico: anos 90

27/01/2025

AthleTiba é o maior jogo do estado do Paraná, independente do esporte. Sempre muito esperado pelas duas torcidas, para muitos um campeonato a parte. Este em especial tem que ser contado em quatro atos.

As torcidas

Torcida do Coritiba em grande número. Apesar do momento do clube fez uma festa muito bonita para receber os jogadores e para provocar o adversário no primeiro jogo entre as duas equipes após o rebaixamento rubro-negro no centenário. Já a torcida do Athletico sem lotar seu espaço, muito graças aos preços abusivos dos ingressos impostos pela diretoria mandante, fez a sua parte de forma honrosa com sinalizadores e cantos. Quando a chuva forte começou, as duas torcidas inflamaram e deram um espetáculo. Não podemos deixar de falar que o ponto negativo foi o caso de racismo de um torcedor alviverde contra o atleta Léo do Athletico, em pleno 2025 isso é inadmissível ainda acontecer.

O jogo

AthleTiba em início de ano, quase que uma pré temporada não podia se esperar nada além de disposição. As duas equipes buscaram no início do jogo marcar o adversário no seu campo, pressionando as saídas de bola dos goleiros. Com muitos erros de passes e faltas o jogo não evoluiu para nenhum lado. Os jogadores estavam mais preocupados em pedir faltas, ou cometê-las, do que jogar futebol. Até que aos 29 minutos Léo do Athletico foi expulso por ganhar o segundo cartão amarelo. Deste momento até o fim da primeira etapa pouca coisa aconteceu. No segundo tempo o Athletico buscou truncar o jogo. Com a chuva que alagou o gramado o jogo pouco aconteceu. Raros momentos de bola rolando e o Coritiba levantando a bola na área rubro-negra foram a tônica até os 40 minutos quando Felipe, do Coritiba, foi expulso após segundo cartão amarelo. Com isso o Athletico tentou um pouco mais, mas nada de perigoso, até o apito final do juiz.

A arbitragem

AthleTiba não pode ser tratado como um jogo qualquer e a Federação Paranaense de Futebol assim o fez. Colocou um árbitro de péssima qualidade, auxiliado por outros tão incapazes quanto ele. Se falamos que os dois times tiveram expulsões é por que o árbitro deixou o jogo chegar a este ponto. Deixou de marcar faltas claras para as duas equipes, inverteu lances de escanteios e laterais. Mostrando claramente que no jogo a sua vontade era a lei e quando acreditava estar certo distribuia cartões amarelos sem critério nenhum. Deixando cada vez mais nervosos os atletas, o árbitro levou o jogo ao ápice após o apito final.

A briga

Com o apito final iniciou uma briga generalizada, aquele tipo que todos apanham e todos batem. Jogadores, comissões e seguranças fizeram de um jogo fraco com uma arbitragem péssima se tornar em um espetáculo lamentável de horrores. Jogadores que nada fizeram em termos de futebol tentaram compensar com uma luta campal que só desmoralizou mais o centenário Athletiba.

Pensar que esse jogo sempre representou o que há de melhor no futebol paranaense, é aí que podemos entender o buraco que nosso futebol está enfiado. Uma federação fraca, com arbitragem péssima e times mais interessados em não jogar futebol já que não tiveram tempo para treinar. Um sábado que nos transporta para os anos 90 onde tinhamos um futebol amador em todos os quesitos e apenas a festa das torcidas mantinha vivo o clássico. Espero que seja apenas uma viagem rápida e que o próximo AthleTiba nos traga devolta para 2025.

Leia outras colunas Quintal da Bola aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *